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Cleide Rossi Robbi vendeu o terreno onde morou por 46 anos, no Boa Vista, para uma construtora | Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
Cleide Rossi Robbi vendeu o terreno onde morou por 46 anos, no Boa Vista, para uma construtora| Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
  • Terreno que ficou décadas abandonado entre a Avenida do Paraná e a rápida Jovino do Rosário terá condomínio padrão econômico
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Na região da Avenida Paraná, que envolve os bairros do Bacacheri, Boa Vista, Santa Cândida e Tingui, o motivo do crescimento imobiliário previsto para os próximos anos é uma combinação de dois fatores: a saturação dos bairros Juvevê e Cabral e o sistema trinário de transporte (composto por duas vias rápidas e uma expressa para os ônibus), herança da década de 1970 que faz com que a região receba a denominação de setor estrutural e favoreça o adensamento populacional no seu entorno.

A pesquisa Perfil Imobiliário de Curitiba mostra que, no acumulado de 2009 até setembro, foram liberados 1.916 alvarás na região (o que representa mais de 13% dos alvarás liberados em toda a cidade) e concluídos 772 (10% do total de obras concluídas na capital). Também neste ano foram lançados 818 unidades residenciais na região, o que representa 23,6% de toda a produção vertical da capital paranaense. Resultado: várias empresas mostram grande interesse e iniciaram investimentos na região.

A dona de casa Cleide Rossi Robbi, 73 anos, viu isso ocorrer com a sua casa. "Quando vim para Curitiba, queria um imóvel fora do centro para morar com tranquilidade", conta ela, que nasceu em São Paulo, mas mora na capital paranaense há 50 anos, e há 46 no Boa Vista. Com os filhos crescidos, a casa grande já não fazia sentido. Foi quando a construtora Porto Camargo fez uma oferta e abriu-se uma negociação. "Com o expresso, na década de 1970, valorizou o imóvel dessa região. As facilidades de acesso tendem a aumentar o preço dos empreendimentos imobiliários, até porque há muita especulação sobre o progresso da cidade", acredita Cleide, que não quis deixar o bairro. Com o dinheiro da venda do terreno, ela comprou dois apartamentos no Residencial Solimões, no Boa Vista, lançado em 2008 pela construtora Flor de Lis.

Outra empresa que iniciou os investimentos na zona norte é a Vanguard Home (do grupo Plaenge). "Vimos na região uma demanda reprimida", diz Álvaro Coelho, gerente regional da empresa que está construindo o Garden Sevilha, condomínio que terá três torres – a primeira 80% vendida –, em um terreno entre a Avenida Paraná e a rápida Jovino do Rosário que ficou décadas vazio. A Vanguard Home prevê outros lançamentos de preços mais acessíveis na região.

O Shopping Total também decidiu investir na região e irá instalar mais uma unidade na Avenida Paraná.

Perfil

O diretor da imobiliária LS Castro, Lindolfo Santos Castro, explica que a zona norte é muito procurada por aqueles que vêm de fora de Curitiba, e que há empresas investindo na área por conta da implantação do metrô, que ainda não tem data para passar pela região. "Uma das facilidades é a proximidade do centro, outra é o ônibus expresso, sem falar da publicidade do futuro metrô, além de ser uma área bem servida de supermercados e escolas."

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