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A adaptação para o uso de notebooks demanda a busca por mais de uma solução. "No colo, você poderia ter uma posição razoável para o braço, mas é ruim para visão, porque você tem de curvar a cabeça para ver a tela", afirma Jaime Reis, diretor do curso de Design da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). O uso direto no colo não é aconselhado: o calor transmitido para as pernas é desconfortável.

A altura do cotovelo da pessoa sentada é ideal para o uso do teclado, mas aliar isso a uma posição confortável para a visão é um pouco complicado. Reis indica o uso de um segundo monitor e teclado para quem usa o notebook durante o dia todo. "Tenho um monitor em casa e outro no trabalho. O notebook serve como um CPU ambulante, que de vez em quando vira notebook, como no aeroporto", comenta o arquiteto e designer da Flexiv, Ronaldo Duschenes.

"Às vezes, as pessoas usam o computador em uma posição absurda, forçando muito a coluna", diz Reis. Nesse caso, é preciso fazer um balanço entre o que é ideal e o que é possível. Como o notebook permite mais formas de uso, o professor aconselha a balancear a relação entre braços e visão. Os suportes favorecem a visualização da tela. Para os braços e punhos, é possível usar apoios emborrachados antes do teclado, para melhorar a posição. "O ângulo entre punho e antebraço deve ficar em uma posição neutra, que o punho não fique torcido", explica.

Dependendo da posição em que o computador é usado, os punhos podem ser mais prejudicados. Conhecido como Distúrbio Osteo-muscular Relacionado ao Trabalho (DORT), as lesões são causadas pelo mau uso da ferramenta de trabalho e repetição das tarefas. "Quem usa o notebook por mais de uma hora em posição desconfortável, deveria pensar em mudar a forma de trabalho", diz Reis.

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