Os números confirmam: nunca houve tanto dinheiro disponível para a habitação quanto em 2005. Graças à mudança de dos critérios para a liberação de empréstimos autorizada pelo Conselho Curador do FGTS, a Caixa Econômica Federal (CEF) estima que serão concedidos R$ 10,9 bilhões em financiamentos até o fim do ano, mais do que o dobro em relação a 2004. Se a previsão da Caixa se confirmar, terão sido financiados cerca de 720 mil imóveis até o fim de 2005, três vezes a mais que no ano passado.
Para chegar lá, o primeiro passo foi deixar mais fácil o acesso ao dinheiro disponível e atrair de volta os mutuários que por muito tempo fugiram dos efeitos da famigerada tabela Price, que gerava o impagável saldo devedor. "Hoje isso mudou. Com a tabela Sac, é um empréstimo, como tem que ser. Não tem mais vinculação com o salário", explica o gerente de mercado da Caixa em Curitiba Gueber Roberto Laux.
A tabela Sac, ao contrário da Price, permite a redução das parcelas do financiamento após o primeiro ano. Isso foi o que mais atraiu o casal Ana Patrícia, 34, e Lisandro Maia, 33, que em junho conseguiu a aprovação de uma linha de crédito de R$ 52 mil. Com ela, foi possível comprar um apartamento avaliado em R$ 72 mil. "Foi fácil, a construtora já tinha o financiamento aprovado na Caixa. Não precisamos correr atrás de papelada", conta Ana. A prestação, de R$ 764, cabe perfeitamente no orçamento da família. E o melhor é que, a partir do ano que vem, ela fica menor.
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