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Bolso

Preços permanecem iguais

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Hamilton Pinheiro Franco, aumento dos investimentos imobiliários em Curitiba não deverá afetar de forma positiva o bolso do consumidor. "As empresas não vieram para cá liquidar preços, a margem de lucro que se tem em Curitiba é muito apertada, pois os custos com mão-de-obra e materiais são altos. Os preços não irão cair", afirma.

Porém, quem pretende comprar e está inserido no contexto de classe média e alta, principal foco dos lançamentos, deverá se beneficiar com o aumento das opções oferecidas. Segundo dados do Instituto de Pesquisas, Estatística e Qualidade (Ipeq), o número de unidades em construção pelas empresas de fora, desde outubro do ano passado, já representa 45% das unidades lançadas. "São dados expressivos", avalia Franck.

Desde o último ano, grandes construtoras e incorporadoras do país passaram a investir forte em imóveis residenciais verticais (apartamentos) em Curitiba. Embora não divulguem a ordem dos investimentos, os números de produção apontam crescimento. Juntas, MRV, Gafisa e Rossi – as principais responsáveis pelo aumento – já oficializaram para este ano o início da construção de 618 apartamentos. O número representa 45% dos 1.412 lançamentos feitos de outubro de 2006 até agora em Curitiba.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Hamilton Franck Pinheiro, além do momento econômico favorável para a construção, o interesse pela cidade é tendência do mercado. "A maioria das empresas que passaram a atuar aqui abriram recentemente o capital. Com isso, elas tiveram que expandir seus negócios para fronteiras além do Rio e São Paulo para garantir rentabilidade e a permanência de seus investidores", explica. Segundo ele, esse é um fenômeno que atinge o Brasil todo e, em especial, a Região Sul.

Novata na cidade, a incorporadora carioca Gafisa, que constrói imóveis de alto padrão, lançou seu primeiro empreendimento em Curitiba em outubro do ano passado: o Ville du Soleil, com 56 apartamentos. Para agosto deste ano, a empresa prevê o lançamento de mais um edifício residencial, mas mantém sigilo sobre os detalhes. "Chegamos para ficar. Curitiba é uma cidade com economia forte e tem público para o nosso tipo de negócio", explica Antônio Ferreira, diretor de novos negócios da incorporadora.

Também em Curitiba, a Rossi aportou por aqui em 2005. Em conjunto com a construtora Thá, a incorporadora paulista anunciou na última semana o lançamento do Boulevard Rebouças, com 288 apartamentos. Além dele, a Rossi pretende investir, ainda este ano, em dois novos empreendimentos que serão oficializados nos próximos meses. "É uma posição de mercado espalhar os investimentos pelo Brasil. Curitiba é um dos principais focos. Não poderia ser deixada de lado", explica Cristiano Viana, gerente de marketing da empresa, que constrói para a classe média.

Já a MRV Engenharia, construtora de Minas Gerais, está presente em Curitiba desde 1999. De lá para cá foram 17 empreendimentos lançados. Para este ano, ela tem expectativa de bater o recorde de lançamentos de 2004 – que foram quatro. De janeiro até agora, já são três empreendimentos. Dois deles (o Spazio Cannes e o Spazio Cenário), estão sendo lançados simultaneamente. Considerando as unidades do edifício Spazio Cap Ferrat, anunciado em janeiro, são 274 apartamentos em construção. O foco também é a classe média.

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