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Tradição

Galeria General Osório se reinventa

Espaço funciona há mais de quatro décadas e encontrou um nicho com a praça de alimentação

Galeria Osório foi criada há mais de 40 anos por um ramo da família Demeterco. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Galeria Osório foi criada há mais de 40 anos por um ramo da família Demeterco. (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Vizinha das galerias Asa e Central Park, a Galeria General Osório mantém viva a história da região central de Curitiba e se reinventa para acompanhar as mudanças pelas quais a cidade e seus frequentadores passaram.

Tido como um dos pontos comerciais mais antigos da cidade, o imóvel que abriga o corredor comercial é uma construção do século 19 e foi adquirido pelo empresário Antenor Demeterco – da família fundadora da rede de supermercados Mercadorama – há mais de 40 anos.

FOTOS: Veja imagens da Galeria Osório

“A galeria é um negócio de família”, conta Ana Lúcia Demeterco Airoldi, uma das herdeiras e sócia-gerente da ADJ Administração e Participação Ltda., proprietária e administradora de uma das partes da galeria. A outra metade, com entrada pela Rua Dr. Carlos de Carvalho, está sob responsabilidade de Maria Inês Demeterco, filha do fundador.

Revitalização

Um dos principais destaques da Galeria Osório são as obras de revitalização pelas quais o espaço passou nos anos 2000. Ana Lúcia conta que quando ela e os dois irmãos assumiram a gestão, em 2003, a galeria estava “abandonada”, o que os estimulou a tocar as obras na área sob sua administração. “Foram três reformas. A primeira estrutural e as outras duas mais estéticas”, recorda.

Foram três reformas na Galeria Osório desde o início dos anos 2000, quando assumimos. A primeira estrutural e as outras duas mais estéticas

Ana Lúcia Demeterco Airoldi sócia-gerente da ADJ Administração e Participação.

Foi neste período que a galeria ganhou os toldos verdes instalados na entrada das lojas e as paredes com tijolos à vista, para dar um ar “mais italiano” ao corredor.

A mudança foi bem recebida pelos lojistas e acabou estimulando a revitalização de algumas lojas, como a Sombrinha Ideal. Funcionando no endereço há 35 anos, o espaço ganhou novos piso e balcões, como conta a proprietária Márcia Wolff Stanczyk.

Praça de alimentação

Outra mudança decorrente da revitalização, e que é uma das marcas registradas da galeria, foi a instalação da praça de alimentação. Ana Lúcia diz que a inserção dela no projeto respondeu à demanda dos frequentadores da galeria, muitos deles pessoas que trabalham na região e que têm no espaço um ponto de apoio para o almoço. “Cerca de 500 pessoas comem por dia na galeria. Hoje, ela não é só mais um corredor de passagem, mas um polo alimentício”, avalia.

A procura pela alimentação é tamanha que os administradores já estudam uma nova obra, prevista ainda para 2016. O objetivo é instalar um mezanino para que seja possível ampliar a capacidade de atendimento aos clientes.

Este olhar atento à demanda e a busca pelo aprimoramento dos serviços podem estar entre os segredos da longevidade da Galeria General Osório e de sua atratividade para os empresários que escolhem o corredor como endereço, como é o caso do relojoeiro Nelson Orlando Lehmkuhl.

Um dos primeiros lojistas da galeria, ele mantém o comércio desde 1972 e diz que não pretende se mudar. “Tenho muitos clientes fiéis, famílias que atendo há quatro gerações. Se eles vêm até aqui e encontram a porta fechada será um problema”, brinca.

De acordo com Ana Lúcia, a maioria das 35 lojas da galeria estão ocupadas. O preço médio do aluguel por metro quadrado, com condomínio incluído, gira entre R$ 70 e R$ 100.

Antenor Demeterco Junior e a filha Ana Lucia fazem a gestão da galeria. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Antenor Demeterco Junior e a filha Ana Lucia fazem a gestão da galeria.

Reforma incluiu tijolinhos e novas arandelas. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Reforma incluiu tijolinhos e novas arandelas.

Marcia Wolff Stanczy, da Sombrinha Ideal. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Marcia Wolff Stanczy, da Sombrinha Ideal.

Nelson Orlando Lehmkuhl mantém sua relojoaria na galeria desde 1972. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Nelson Orlando Lehmkuhl mantém sua relojoaria na galeria desde 1972.

Praça de alimentação foi incluída em uma reforma recente. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

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Praça de alimentação foi incluída em uma reforma recente.

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