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Cirurgião André Ricardo Dall´Oglio Tolazzi: “Não precisa ser requintadíssimo, basta ser um ambiente de bom gosto e confortável.” | Antônio More/ Gazeta do Povo
Cirurgião André Ricardo Dall´Oglio Tolazzi: “Não precisa ser requintadíssimo, basta ser um ambiente de bom gosto e confortável.”| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo
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Pós-moderna

Sensação intimista

A casa da década de 1940, de três andares e 360 metros quadrados, foi reformulada pelo arquiteto Luiz Maganhoto e pelo designer de interiores Daniel Casagrande, e recebeu um toque pós-moderno para abrigar a clínica do dentista Rogério Marcondes, especialista em odontologia estética. O local lembra mais um saguão de hotel ou sala vip de aeroporto, do que uma clínica de odontologia, afirma o dentista. "Percebo o impacto sobre os pacientes, passa uma sensação intimista. Estar em um ambiente hospitalar é sempre um desconforto. Ir ao dentista não é algo prazeroso", avalia Marcondes.

Divulgação

O cirurgião André Ricardo Dall´Oglio Tolazzi trabalha na área da estética e precisava de um consultório confortável para seus pacientes, que transmitisse confiança e credibilidade. Para ele, é fundamental ter um ambiente bonito e confortável também na área médica, principalmente em um espaço dedicado à estética. "É parte do conforto e bem-estar que se passa desde o início do atendimento. Não precisa ser requintadíssimo, basta ser de bom gosto e confortável", diz. O cirurgião optou por um estilo tradicional para o local de trabalho.O projeto é assinado pelas arquitetas Marina Canhadas e Sabina Bottarelli. Em uma sala de 26 me­­tros quadrados, a divisória em dry­­wall permitiu criar um ambiente privado, onde os pacientes são examinados e fazem pequenos curativos, junto da sala de consultas. "A área de exame tem iluminação mais clara e não tem objetos de de­­coração por questão de higiene", ex­­plica Marina.

Por outro lado, antes os pacientes são recebidos em um espaço de co­­res neutras, iluminação indireta, que transmite sensação de aconchego. O local tem poltronas, espelho e objetos selecionados especialmente para o consultório. "Ficou elegante, não tão masculino, apesar de ser para um homem, porque a maioria dos pacientes é do sexo feminino. É sóbrio, mas não é triste", avalia a arquiteta. Segundo ela, a especialidade não impede uso de cores não neutras. "Se é um ambiente moderno, use cores, mas não devem ser fortes, porque deixam a pessoa mais agitada", diz.

Crescimento

A procura por projetos para espaços de saúde, como consultórios, clínicas e comércio, é crescente na avaliação do arquiteto André Detanico, sócio-diretor da AT Arquitetura. Para a sua empresa, que atualmente tem sete projetos nesse segmento em andamento, o profissional calcula o aumento de 30% até o fim do ano. Além de a arquitetura lidar com todo um aspecto técnico de normas, como ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e Anvisa (Agência Nacional de Vi­­gilância Sanitária), aponta Deta­nico, há a preocupação maior com a qualidade dos espaços de saúde. "Era uma questão deixada em se­­gundo plano. Há uma tendência em qualificá-los, com conforto, boa iluminação e ambiente de lazer (terraço ou varanda ao ar livre). É comprovado que em lugares agradáveis desenvolvem-se melhor as atividades, assim como os níveis de ansiedade e tensão dos pacientes são diminuídos."

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