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Para deixar o visual com a cara dos jovens, Euro Import Mini optou pelo uso de muitas cores | Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Para deixar o visual com a cara dos jovens, Euro Import Mini optou pelo uso de muitas cores| Foto: Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo
  • Com três fachadas diferentes, Ford Metropolitana do Cabral priorizou utilização de materiais nobres
  • Na Stuttgart Sportcar, os materiais simples não ofuscam a sofisticação dos carros
  • A Honda Niponsul chama a atenção pelas grandes peças de vidro e várias estruturas metálicas da fachada

Esqueça aqueles prédios quadrados, com visual monocromático e aparência monótona. Cada vez mais modernas, as concessionárias estão procurando unir funcionalidade e muitas inovações no visual. Em Curitiba, não faltam exemplos. "Mais do que expor e facilitar a venda de carros, esse tipo de construção tem hoje uma função muito importante de representar, em seu visual, toda a sofisticação das grandes montadoras", comenta o arquiteto Frederico Carstens, responsável pelo projeto da Honda Niponsul do Alto da XV. Com uma diversidade de materiais, as concessionárias, independentemente da marca, têm em comum justamente essa preocupação com a valorização da identidade visual das montadoras. "Em todos os casos, há normas que são enviadas ao arquiteto responsável, principalmente em relação a cores e materiais, orientando sobre o que é necessário para que esse novo projeto não fuja da padronização da marca", explica Luiz Mori Neto, arquiteto responsável pelas revendedoras Porsche em todo o Brasil. Apesar de estarem investindo em novidades, Mori Neto comenta que o ponto fundamental nos projetos das concessionárias continua sendo a funcionalidade. "O foco principal de toda obra desse tipo é chamar a atenção para os carros. Independentemente dos materiais e recursos escolhidos para compor a obra, é muito importante que o arquiteto não se esqueça disso e perceba que mais importante do que a estética do prédio é a valorização dos automóveis apresentados." InovaçãoModerno e inusitado. É assim que o arquiteto Frederico Carstens explica o projeto da Honda Niponsul. Construída a partir de uma planta triangular, devido ao formato anguloso do terreno, a concessionária se destaca pela combinação de grandes peças de vidro e várias estruturas metálicas que compõem a fachada do prédio. "Como não havia outras lojas com esse tipo de visual, ela se tornou bastante inusitada, mas isso só mostra o quanto acertamos ao primar pela criatividade para trazer modernidade ao projeto", diz. Quanto às estruturas metálicas, Carstens diz que foram escolhidas por se adequarem ao vidro e proporcionarem um visual bastante moderno. "Elas são esbeltas, leves e proporcionam formas mais diversificadas. Se utilizasse uma estrutura convencional, não conseguiria essas características."Como o prédio da concessionária exigia muito espaço para vários ambientes, como showroom, oficina mecânica e administração, a opção do arquiteto foi por otimizar os espaços da loja. "Não há espaços perdidos e decidimos deixar todo o térreo dedicado à exposição dos carros, enquanto uma grande área de oficina foi colocada no subsolo da empresa. Assim, concentramos a atenção nos automóveis sem tirar a funcionalidade da área de serviços", diz.

SoluçãoUm terreno com três frentes, um desnível muito grande entre elas e uma área muito pequena para comportar todos os pedidos do cliente. Para qualquer arquiteto, isso pode ser um pesadelo, mas para a arquiteta Catherine Moro, responsável pelo projeto da Ford Metro­­politana do Cabral, inaugurada em outubro de 2008, tornou-se uma facilidade. "Para resolver esse problema, decidi fazer a concessionária com três pavimentos. Assim, a oficina e o setor de serviços ficaram no subsolo, o showroom com a exposição dos carros no térreo e um mezanino com a área da administração. Com isso, ganhamos muito espaço sem perder a praticidade", diz. Para tornar o prédio ainda mais funcional, Catherine projetou acessos diferentes para cada área da concessionária. "Como o terreno vai de uma rua a outra, o edifício não tem fundos. Por isso, fizemos três fachadas diferentes, com entradas individuais. A maior, que fica na rua principal, por exemplo, dá acesso ao showroom, enquanto a menor, localizada na rua paralela, leva à oficina. Assim, o cliente pode entrar diretamente no ambiente onde precisa ir."

A arquiteta conta que a opção dos materiais foi por peças nobres. Por isso, tanto a fachada principal quanto as menores são em vidro laminado e alumínio composto (ACM). "Assim, o prédio ficou atrativo e é bonito de ser visualizado de qualquer ângulo da rua", diz. Outra preocupação foi de atender às normas internacionais de uso inteligente dos recursos. "A cobertura, por exemplo, é branca para não absorver tanto calor, diminuindo a necessidade de ar condicionado. Além disso, há um sistema de utilização da água para evitar desperdício", afirma.

Valorização

Inaugurada em setembro do ano passado, a Stuttgart Sportcar, concessionária Porsche de Curitiba, foi projetada com o intuito de manter a identidade corporativa da marca. "No início do projeto, recebi algumas normas que deveriam ser seguidas para que a loja não destoasse das características da Porsche. Dentro dessas características, tive total liberdade para criar e dar ideias que pudessem renovar o que já havia sido feito, adequando o projeto ao espaço e tipo de terreno que tínhamos", aponta Luiz Mori Neto, arquiteto responsável pela obra.

Segundo Mori Neto, uma das exigências era que a fachada da loja fosse feita em alumínio composto (ACM) na cor prata e que se valorizasse a logo da marca da montadora, em vermelho. "A partir disso, meu foco foi ressaltar as cores da área externa de uma maneira que qualquer pessoa que passasse pela rua se sentisse convidada a olhar", diz.

Sobre o projeto, o arquiteto ressalta que a opção foi pela utilização de materiais mais simples, tanto na parte externa quanto nos ambientes internos, para não tirar a atenção dos carros. O piso do ambiente interno, por exemplo, é todo em cerâmica. "Como a própria marca Porsche tem carros bastante sofisticados, preferi formular um projeto sem grandes pretensões arquitetônicas, de uma maneira que o visual da concessionária fosse somente um complemento aos automóveis."

Visual jovem

A Euro Import Mini, inaugurada em abril deste ano, chama a atenção pelo uso das cores tanto na fachada quanto nos ambientes internos. "Como a empresa optou por um prédio alugado, não tive muitas possibilidades de mudança estrutural quanto à fachada e a área externa. Por isso investi no uso de cores para compor um visual inovador", diz Marise Prosdócimo Izique, arquiteta responsável pelo projeto da concessionária.

Marise diz que a busca pela simplicidade orientou a escolha dos materiais. "Nesse aspecto, um dos destaques foram os acabamentos. O piso é de porcelanato, todo o forro foi feito em gesso e as paredes foram pintadas em uma camada simples, sem grandes efeitos. Nosso objetivo foi tornar o ambiente sofisticado e atrativo, mas simples o suficiente para que não se sobrepusesse aos carros", explica. O resultado foi um visual bastante jovem, acompanhando o perfil do público que mais compra o Mini. "O visual ficou muito interessante, principalmente à noite. Abusamos do uso das cores e utilizamos muitos adesivos nas paredes, então a concessionária chama a atenção e de longe quem passa pela rua pode vê-la", conta.

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