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Baile de Fandango acontece no domingo | Arquivo Gazeta do Povo
Baile de Fandango acontece no domingo| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Bolso

Estima-se que seja 30% a economia na compra de um imóvel na planta em relação ao valor do mesmo imóvel já construído. Isso ocorre pela valorização que adquirem após a sua conclusão.

Com o setor da construção civil aquecido, uma alternativa tem voltado à tona para compradores que querem driblar a escassez de imóveis causada pela alta procura: a compra na planta (antes de iniciar as obras ou na fase de construção). Segundo especialistas, essa negociação, além de ter se tornado mais segura, permite economia de até 30% em relação ao preço do imóvel depois de pronto.

O economista Hélcio Pereira de Araújo sempre morou em casas. Quando surgiu a necessidade da mudança para um apartamento, veio também o medo de não se adaptar. "Pensei que poderia me sentir fechado, sem espaço. Nenhuma das unidades prontas que pesquisei me agradou", diz. A solução foi buscar um imóvel ainda não-construído. O prédio escolhido foi o recém-lançado Partenon, da Construtora Hestia, que só deve ser entregue em junho do ano que vem. "Como não tinha tanta pressa em me mudar, optei por essa negociação. A construção tem planta flexível e pude escolher alguns detalhes para deixar o apartamento com a minha cara."

Prédios novos, mais opções de localização, prioridades na escolha do andar, ambientes flexíveis – que podem ser modificados ao gosto do cliente – e com características modernas. Essa combinação de fatores é a aposta das construtoras para movimentar a venda de seus empreendimentos já no lançamento. E mais. De acordo com Gustavo Selig, diretor da Hestia, quem opta por comprar um imóvel ainda não-finalizado tem inúmeras vantagens que chegam também ao bolso. "Os preços e as condições de pagamento são facilitados. As entradas têm porcentuais menores e prazos mais alongados para o seu pagamento. As parcelas também costumam ter valores mais baixos", afirma.

Segundo Hamilton Pinheiro Franck, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), a aquisição na planta representa uma economia que pode compensar a longa espera pela conclusão da obra – que dura até três anos. Isso porque, de acordo com levantamentos da entidade, após concluídos, os empreendimentos costumam valorizar em torno de 30%. "Equivale a dizer que com essa forma de compra, o consumidor paga 30% a menos em relação ao mesmo imóvel, depois de pronto. Por isso a venda na planta está sendo bem recebida em todo o Brasil", afirma.

Para a advogada do Instituto de Defesa ao Consumidor (Idec), Maria Elisa Novais, outro fator que influencia no aumento da procura por imóveis em construção ou que ainda nem saíram do papel, é a segurança da negociação. "Hoje as leis que protegem o consumidor estão bastante consolidadas. Os riscos existem em qualquer negócio, mas para diminui-los, basta o comprador pesquisar, conhecer e exigir os seus direitos. Para isso existe o apoio dos órgãos de defesa", diz. Segundo ela, porém, não se deve abrir mão da cautela. "Isso elimina de vez o fantasma de casos recorrentes no passado, como o da construtora Encol (que faliu em 1999, deixando dezenas de prédios inacabados e milhares de compradores no prejuízo)", diz.

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