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Imóvel para locação em Curitiba: tempo de espera é menor se apartamento estiver bem conservado | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Imóvel para locação em Curitiba: tempo de espera é menor se apartamento estiver bem conservado| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Contratos

Aluguel deve subir 9,77% em junho

Pela primeira vez neste ano a variação acumulada do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), utilizado no reajuste da maioria dos aluguéis, ficou abaixo de dois dígitos: 9,77% até maio. Esta deve ser a variação dos contratos com aniversário em junho, segundo estima o Secovi-SP.

De acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas, divulgados na última segunda-feira, no mês passado o IGP-M registrou alta de 0,43%. Tradicionalmente, o Secovi-SP divulga fator de multiplicação para facilitar o cálculo das pessoas que necessitarão atualizar seus contratos pelo IGP-M. Em junho, esse fator será de 1,0977 e será aplicado sobre o valor do aluguel que vigorou até maio.

Assim, se o valor do aluguel pago até maio deste ano foi de R$ 800, por exemplo, a partir de junho o locatário pagará R$ 878,16.

Um imóvel vago em Curitiba de­­mora cerca de 90 dias para ser locado, segundo o último levantamento trimestral do Sindicato da Habitação no Paraná (Secovi-PR). Entre março e maio deste ano, foram precisos, em média, 92 dias para encontrar um in­­quilino para um apartamento de um quarto, e 82 dias para um imóvel de 2 quartos – uma casa no mesmo padrão demorou 102 dias para ser locada. A média em Curitiba é bem superior à registrada em São Paulo, por exemplo. Os dados do Secovi-SP apontam para um tem­­po entre 12 e 30 dias para lo­­cação de uma casa, e de 18 a 37 dias para um apartamento em abril. O vice-presidente de administração de imóveis do Secovi-PR, Luiz Valdir Nardelli, reconhece que o tempo é elevado, mas nega que ele represente um desaquecimento do mercado ou um excesso de oferta. "O seg­men­to continua aquecido e há muita demanda." O que puxa a média para cima, diz o vice-presidente, é o grande nú­­mero de imóveis antigos, em mau estado de conservação. "Quem aluga um apartamento quer se mudar imediatamente. Não quer pintar ou fazer reforma. Por isso, esses imóveis de­­moram mesmo para serem alugados", diz Nardelli.

Além disso, segundo o vice-presidente, os proprietários des­­ses apartamentos tentam manter os valores dos aluguéis nos mes­­mos níveis dos cobrados por apartamentos mais novos ou em me­­lhor estado de conservação – o que dificulta ainda mais a procura por um inquilino. "Mas um imó­­vel bom e bem localizado é alugado em menos de um mês", ga­­rante Nardelli.

Essa também é a média apon­­tada pelo sócio da rede de franquias imobiliárias Remax Paulo Carmona. "Estamos fa­­lando em uma média e, dependendo da localização e do estado do imóvel, o tempo pode va­­riar. Mas, em geral, os imóveis maiores demoram mais para serem locados. Como o preço é mais elevado, a decisão também é mais demorada", diz. "Para apartamentos de menos de R$ 1 mil, a velocidade é maior", completa a coordenadora de locação da Re­­deimóveis, que reúne 11 imobiliárias, Ma­­rise Hartmann.

Carmona diz que mesmo com a "concorrência" do pro­gra­­­ma Minha Casa, Minha Vi­­da, que possibilita que muitas pessoas troquem o aluguel pelo fi­­nanciamento, ainda há uma procura bastante elevada por imó­­veis para locação. "Posso di­­zer que o mercado residencial es­­tá estabilizado. Existe bastante procura, mas também há oferta", diz o empresário. "O mais aquecido é o segmento comercial."

Na Redeimóveis, segundo Ma­­risa, a média para locação fica en­­­­tre 30 e 60 dias, para os imóveis de 1 e 2 quartos, que são os mais procurados. "Há sempre um aumento no começo do ano, porque muitas pessoas vêm para a cidade, principalmente estudantes", diz a coordenadora. Pa­­ra ela, a velocidade está diretamente ligada ao preço. "Algumas locações são muito rápidas, em três ou quatros dias. Alguns nem chegam a entrar na lista."

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