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Mais crédito para quem quer financiar a casa própria. Para especialistas dos mercados imobiliário e financeiro, essa é a grande vantagem da sopa de letrinhas que compõe as duas principais modalidades de financiamento no Brasil: o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Na prática, esses modelos representam as regras que serão utilizadas para ser concedido o crédito imobiliário. No entanto, existem algumas diferenças em seus conceitos que são desconhecidas por grande parte dos candidatos a mutuário. Tanto SFH quanto SFI tem particularidades que podem ser decisivas na escolha de qual é a melhor forma de financiamento do imóvel desejado.

De maneira geral, quem vai financiar tem à disposição os dois sistemas, que são oferecidos pela Caixa Econômica Federal e pela maioria dos bancos privados. Na hora de contratar o empréstimo cabe ao mutuário avaliar as vantagens e desvantagens de cada um. "As opções existem e o crédito imobiliário está cada dia mais fácil, graças aos diferentes sistemas de financiamento. Isso é muito positivo, pois com maior oferta os juros tendem a cair e facilitar ainda mais as compras. O importante é o comprador se interar de todas as possibilidades e pesquisar. Uma diferença de 1% na taxa de juros pode representar um alto valor a longo prazo", explica o economista e consultor Luiz Antônio Miranda.

De acordo com as regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – órgão vinculado ao Banco Central –, pelo SFH a taxa de juros ao ano é de, no máximo, 12%. Nessa modalidade só podem ser financiados imóveis para fins de moradia a com valor de até R$ 350 mil. Segundo Andrew Franck Storfer, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o sistema tem forte cunho social. "É a melhor alternativa para pessoas de renda mais baixa, pois os juros são menores e ainda é possível utilizar recursos do FGTS para parte do pagamento", explica. Hoje, as regras do SFH já permitem a compra do segundo imóvel.

Quem optar pelo SFI – modelo criado em 1997 –, pode pagar mais. Isso porque nessa modalidade a taxa de juros é livre. Porém, segundo levantamentos da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os bancos costumam cobrar entre 12,8% e 16% ao ano. A grande vantagem dele é não possuir limite para o valor do imóvel comprado, além da possibilidade do financiamento também de imóveis comerciais – o que não acontece no SFH. No SFI, existe ainda uma ramificação, a Carteira Hipotecária (CH), que segue as mesmas regras, com uma exceção: muda apenas a garantia ao banco. "No SFI é alienação fiduciária (contratos em que o imóvel fica em nome do banco até a quitação do financiamento) e na CH é hipoteca (imóvel já é passado ao nome do mutuário na contratação do empréstimo)", explica José Gonçalves, superintendente técnico da Abecip.

Cuidados

Apesar de facilitado o crédito, o consultor jurídico da Associação do Brasileira dos Mutuários e Moradores (ABMM), Wilson Gomes, recomenda cautela na hora de definir qual sistema financeiro irá utilizar. "Comprar um imóvel é uma grande responsabilidade. Infelizmente a maioria dos mutuários não conhece o funcionamento dos modelos de financiamento. É preciso tomar muito cuidado com o que optar. Escolher a opção errada pode ser um risco para o bolso. A dica é buscar sempre um especialista para saber exatamente o que está assinando", diz.

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