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Quem lembra apenas do parque quando pensa no São Lourenço está perdendo muita coisa. Além da abundância de áreas verdes, o bairro localizado na região Norte de Curitiba tem muito mais a oferecer: fácil acesso ao Centro, um centro gastronômico consolidado e, principalmente, imóveis de bom padrão.

Mas nem sempre foi assim. O diretor comercial da Imobiliária 2000, Maurício Moritz, lembra que até meados dos anos 70 o bairro nem sequer era conhecido pelo nome. "Ali era considerado parte do Taboão (outro bairro, localizado na divisa com Almirante Tamandaré) e isso só se modificou quando aconteceram algumas mudanças importantes", diz. Primeiro, a criação do parque São Lourenço e do Centro de Criatividade e, logo em seguida, a mudança do Colégio Santa Maria para um terreno na esquina da ruas Mateus Leme e Joaquim de Matos Barreto. "Foi a partir daí que o São Lourenço passou a existir", diz o executivo.

O bairro, que já era habitado por descendentes dos primeiros imigrantes poloneses e italianos que se instalaram na região, começou então a registrar um processo contínuo de substituição das antigas casas de madeira por novas construções, conta Moritz. "Eu próprio comprei uma casa nestas condições e construí. Aconteceu o mesmo com todas as outras casas das redondezas", diz.

Vinte anos depois, o mercado imobiliário do São Lourenço passa por um momento de efeverscência. Novos empreendimentos surgem em diversos pontos do bairro, principalmente condomínios horizontais. "Há uma procura bastante expressiva por condomínios horizontais", afirma o corretor Wilson Casagrande, da David Pelissari Imóveis. Segundo ele, a atração provocada pelo Castel Verona – tradicional condomínio de alto padrão localizado às margens da Rua Mateus Leme – ajuda a explicar a demanda. "Apesar de a oferta ali ser muito reduzida, as consultas são constantes", diz.

Entre os fatores que estimulam os interessados em morar no bairro, Casagrande aponta a proximidade do Centro e do Centro Cívico. "Por causa disso, muitos executivos procuram residência ali." Estas características fazem que, na opinião do diretor da Prêmio Imóveis, Luiz Antônio Leprevost, o São Lourenço tenha um mercado muito semelhante ao de outros bairros eminentemente residenciais, como Santa Felicidade. "Há uma procura muito grande por sobrados, casas e condomínios fechados, e a oferta é inteiramente absorvida pela demanda", afirma.

Nem tudo, porém, são flores. O grande diferencial do São Lourenço com relação a seus vizinhos, o parque que leva seu nome, também traz problemas para quem mora e trabalha ali. José Américo Reis Vieira, proprietário da Parque Bike, misto de loja de bicicletas e escola de ciclismo urbano, conta que falta principalmente segurança para os freqüentadores da região. "Nos finais de semana, há uma concentração muito grande de pessoas, e o policiamento não é suficiente", afirma. Apesar disso, ele se diz muito satisfeito em poder trabalhar ali do lado de tanto verde. "A tranqüilidade e o ar puro não têm preço."

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