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Junto com o ano novo, começa também o trabalho do mercado imobiliário para confirmar as boas expectativas para 2006. O desempenho no ano passado deixou a esperança de que o aumento do crédito solidifique a recuperação do setor, mas fica um alerta: não adianta mais dinheiro circulando sem um aquecimento proporcional da construção. Pode faltar imóvel em 2006.

O otimismo é motivado por uma convergência de fatores. Entre eles, dois incentivos de âmbito nacional merecem destaque: a Lei 11.196/05 (que incorporou os enunciados da MP do Bem) – que isentou os lucros provenientes das transações imobiliárias da tributação do imposto de renda –, e o incremento dos financiamentos bancários. Em 2005, a Caixa Econômica Federal empregou um dos maiores orçamentos da história para o setor: cerca de R$ 8 bilhões em créditos habitacionais. A meta do banco para 2006 só será divulgada no final do mês, mas a expectativa é de novo aumento.

Segundo o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), a quantidade de residências usadas postas à venda em Curitiba vem crescendo. Em 2002 – data da última pesquisa –, 3.884 moradias foram ofertadas, contra 6.065 em 2005. Já o número de imóveis para locação caiu. Em 2002, foram oferecidas 4.034 residências para aluguel, contra 2.849 em 2005. Segundo Luiz Nardelli, vice-presidente de economia e estatística da entidade, em 2006 podem faltar imóveis para alugar na capital paranaense. "Para quem investe em aluguel, pode ser positivo."

Portanto, o pensamento entre as imobiliárias de Curitiba para o novo ano é otimista. "Estou esperançoso. O investimento em imóveis para locação continua sendo uma grande opção, pois é seguro e apresenta rendimento certo", diz Roberto Gonzaga, diretor da Administradora Gonzaga. Já Adalberto Scherer, diretor da Cibraco Imóveis, acredita que a estabilidade da economia pode impulsionar o mercado. "Em 2005 houve uma recuperação, e como acredito que a tendência da economia é manter-se estável, acho que 2006 será um ano ainda melhor", avalia Scherer.

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