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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Os tipos de financiamento imobiliário adotados no México e no Brasil não apresentam grandes diferenças. Apesar disso, o sistema daquele país tem melhores resultados do que o brasileiro: no ano passado, foram financiadas no México 675 mil unidades residenciais, enquanto no Brasil esse total chegou a 214 mil. Por que isso acontece?

A resposta está no estudo "O Financiamento Imobiliário Residencial no México e sua Comparação com a Realidade Brasileira", que será apresentado amanhã, durante o 7.º Seminário da Sociedade Latino Americana de Estudos Imobiliários (Lares), em São Paulo.

Segundo o autor do trabalho, o engenheiro Alessandro Vedrossi, mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e diretor executivo da GMAC-RFC para a América Latina (empresa especializada em investimentos e financiamento imobiliário do grupo GMAC Financial Services), há duas razões que explicam o sucesso do modelo mexicano: o governo e as instituições privadas do país vêm trabalhando para buscar soluções que favoreçam a obtenção de crédito para compra da casa própria e o México apresenta um quadro mais longo de estabilidade macroeconômica do que o Brasil. "Esses dois fatores favoreceram a criação de um sistema menos burocrático e mais criativo do que o brasileiro, embora, na prática, os modelos dos dois países sejam semelhantes", observa ele.

O México criou alguns instrumentos que têm se mostrado eficientes como forma de facilitar o acesso ao crédito imobiliário. Um deles é o Infonavit, similar ao nosso Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). A diferença entre eles é que o saldo existente na conta de um trabalhador cadastrado no Infonavit pode ser utilizado mensalmente para abater a dívida com a casa própria. Já o dinheiro do FGTS é liberado para dar a entrada no imóvel. Depois disso, é possível somente fazer amortizações do saldo devedor a cada dois anos.

De acordo com Vedrossi, o fato de, no Brasil, o crédito para financiamento da casa própria ser direcionado da poupança é um entrave adicional, pois limita a quantidade de dinheiro disponível. "No México não há essa limitação." Para alavancar o mercado, os mexicanos criaram a Sociedad Hipotecaria Federal (SHF), um banco de fomento que, em um primeiro momento, teve como objetivo dar fundo às empresas do mercado de crédito imobiliário. Hoje, a SHF atua junto às companhias hipotecárias dando garantia para as operações de financiamento.

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