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O mercado imobiliário de Curitiba está começando a apresentar sinais de que podem faltar imóveis para alugar a médio prazo. O crescimento da demanda – comprovada pelo aumento médio da velocidade de locação em relação ao ano passado – e a quase ausência de reposição de estoque na capital paranaense já seriam fatores suficientes para levar à escassez, mas o processo tem ainda um outro componente: a má conservação de uma parcela significativa dos imóveis disponíveis.

Segundo o mais recente levantamento do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), entidade vinculada ao Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), o índice de velocidade de locação para imóveis residenciais no mês de março de 2006 ficou em 24,4%. Na média dos últimos 12 meses, o resultado foi de 25,6%, 3 pontos percentuais maior que a média do período anterior (abril de 2004 a março de 2005).

Novamente, os imóveis com maior velocidade de locação foram os apartamentos com 1 dormitório (39,5%), seguidos das residências de alvenaria com 1 dormitório (31%) e dos apartamentos com 3 dormitórios (26,1%).

Para o vice-presidente de locação e administração do Secovi-PR, Luiz Alfredo Dornfeld, é surpreendente a retomada da velocidade de locações dos apartamentos de 1 dormitório. Ele atribui o bom desempenho à transferência em massa de funcionários de grandes empresas para Curitiba e ao início do ano letivo nas faculdades, que causaram uma brusca redução do volume de oferta. "De cada três apartamentos anunciados, um ou dois são locados nos primeiros 30 dias. Considerando que nem todas as ofertas estão plenamente adequadas ao mercado, observa-se se que imóveis bem conservados e com preços justos são locados quase que imediatamente", afirma.

Já o presidente do Inpespar, Luiz Valdir Nardelli, faz um alerta aos proprietários: está na hora de investir no patrimônio. "Está faltando imóvel para locação e os poucos que sobram não apresentam boa conservação. É preciso uma conscientização dos proprietários em adequar o preço do imóvel ao estado de conservação."

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