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Zagueiro João Leonardo entra no lugar de Danilo, que está suspenso. Jancarlos também é desafalque | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Zagueiro João Leonardo entra no lugar de Danilo, que está suspenso. Jancarlos também é desafalque| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Os curitibanos que estão em busca de um imóvel para morar já devem ter percebido alguma diferença entre os preços anunciados na metade do ano passado e os divulgados agora. Não é para menos. Nos últimos doze meses, o valor dos imóveis usados em Curitiba aumentou em torno 9%. No caso das unidades novas, o maior reajuste foi registrado no valor das salas comerciais (12%), seguido dos apartamentos de dois quartos (7%), segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PR).

Os preços estão bem maiores que a inflação do período: o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em 4,39%. Para especialistas, o reajuste é reflexo da retomada do setor, aquecido pela queda de juros e pela oferta de crédito em bancos públicos e privados. Essas mudanças permitiram que um número grande de famílias, antes à margem dos valores de mercado e das exigências bancárias, pudesse adquirir a casa própria. Devido à grande demanda, a conseqüência é uma só: aumento dos preços.

Somado a essa procura por imóveis está o baixo estoque de terrenos em áreas urbanas do país, pedaços de terra cada vez mais valorizados e que, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) tem sido o principal fator de aumento nos custos do setor. "Isso é representativo, já que, em média, o terreno representa 20% do valor do imóvel", conta a consultora técnica da entidade, Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves. Só em Curitiba, o preço dos terrenos subiu 0,86% em um ano, mas, ainda no período anterior (julho de 2005 a junho 2006), o crescimento foi maior, de 42%.

Outra explicação dos empresários da área para o aumento de preços é a recuperação do setor. "Curitiba sempre foi uma capital barata, cujo preço do metro quadrado fica em torno de R$ 1.600 a R$ 1.800 para um apartamento de 200 metros quadrados. Agora com a retomada e o investimento de empresas de fora (do eixo Rio-São Paulo), a capital tende a perder esta característica", diz o diretor de vendas da Apolar, Daniel Galeano. "Acredito que a valorização dos imóveis tenha chegado a cerca de 50% do que ainda vai ser", diz o diretor de Lançamentos e Comercialização do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Carlos Paulino.

Ao que tudo indica, os preços subirão ainda mais nos próximos meses e, diante dessa perspectiva, muitos especialistas acreditam que a hora de comprar um imóvel para morar tenha chegado. "Agora é um bom momento. Há uma certa abundância de lançamentos, vasta oferta de crédito e volume de financiamentos. Certamente quem comprar agora, encontrando um imóvel adequado, sairá ganhando. Os imóveis ficarão mais caros daqui para frente", afirma o diretor do Comitê de Economia, Banking e Finanças da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Andrew Storfer. "Quanto mais esperar, mais os preços irão subir. É hora de aproveitar o que o mercado está oferecendo e adquirir o seu imóvel", diz também o economista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcelo Curado.

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