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Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes | Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo
Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo

Dificuldades - Procura pode se prolongar por mais de três meses

A estudante Suelen Cardoso, 22 anos, está sentindo na pele as dificuldades de encontrar apartamento de um dormitório. De volta a Curitiba há um mês, após viver dois anos na Inglaterra, ela tem o nome na lista de espera em pelo menos duas imobiliárias. "Está muito difícil encontrar algo. Desde que voltei já fui em diversas imobiliárias, procurei em anúncios e até agora não encontrei nenhuma boa opção", conta.

Segundo a estudante, os preços são um empecilho a mais na busca. "O aumento foi muito drástico. Sempre morei de aluguel e tomei um susto quando descobri os valores que estão cobrando. Já não se encontra apartamentos de um quarto por menos de R$ 350, mais as taxas de condomínio", explica Suelen. A estudante busca imóveis em bairros da região central e já cogita a possibilidade de alugar unidades de dois quartos.

Para o gerente de vendas Ricardo Sieblitz, 28 anos, a espera está sendo ainda maior. Há três meses ele procura uma unidade de um quarto em bairros como Boa Vista, Cabral e Juvevê. "Pretendo mudar de meu apartamento atual – de dois dormitórios – para um menor", explica.

Sieblitz paga aluguel de R$ 400 em uma unidade de 75 metros quadrados. "Os preços da maioria dos apartamentos de um quarto já se equivalem ao valor que pago atualmente", diz.

Oferta de imóveis será maior no próximo ano

Hoje pequena oferta e muita demanda, amanhã o contrário.

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Preparar o bolso e ter paciência. Essa é a dica para quem quer alugar apartamentos de um dormitório ou quitinetes em Curitiba. Além de poucas opções, o candidato à inquilino tem enfrentado, desde o último ano, preços mais salgados. O aluguel do apartamento de um quarto aumentou 20% e o da quitinete, 15%. Os acréscimos, que superaram os de anos anteriores, foram motivados pela falta deste tipo de imóvel para alugar.

Nos meses de junho e julho (que têm forte movimento para a locação), algumas imobiliárias chegam a ter listas de espera com clientes que procuram apartamentos de um quarto e quitinetes. É o caso da Galvão Imóveis, onde houve cinco pessoas interessadas em um imóvel de um dormitório. Segundo Marise Hartmann, gerente da Galvão Imóveis, as locações têm sido fechadas em tempo recorde. "Quem tem um apartamento em boas condições, geralmente não fica mais de 30 dias sem locá-lo. O retorno é muito rápido", avalia. De acordo com Marise, o tempo médio para se locar apartamento de mais dormitórios é superior a 30 dias, podendo se estender por meses, dependendo de suas características.

Causas

Dados do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), apontam para uma diminuição do número de unidades de um dormitório para locação. Em 2005 havia uma média de 295 apartamentos disponíveis por mês. No ano passado, 277 e, este ano, caiu para apenas 246 unidades. O mesmo ocorreu com as quitinetes – de 99 no ano passado para atuais 76. Os números são bem inferiores ao de imóveis disponíveis com três dormitórios – média de 700 por mês neste ano.

Em contrapartida, o Secovi-PR registrou aumento no preço do metro quadrado dos apartamentos de um quarto nos últimos 12 meses. De R$ 8,10 (em junho de 2006) foi para R$ 9,78 (em junho deste ano) – cerca de 20%. Para as quitinetes foi de 15%. Em anos anteriores, os reajustes para estes imóveis giravam em torno de 10%.

Segundo Sebastião Santos, diretor de locação da imobiliária Apolar, a diminuição no estoque destes imóveis é reflexo da facilidade na compra. "Pelo bom momento econômico para comprar e a facilidade na aquisição houve um grande aumento nas vendas. Pouca gente construiu ou comprou para alugar no último ano. Isso gerou uma deficiência para as locações de imóveis de praticamente todos os portes. Principalmente os de um dormitório e, em menor escala, as quitinetes", explica. Para Santos, o aumento é resultado desse desequilíbrio entre demanda e oferta. "Os poucos imóveis disponíveis são muito disputados, por isso seu valor tende a subir." A Apolar também tem lista de espera, mas não divulga números.

Segundo a diretora da Administradora Parananense, Cirleide Hasenauer, os apartamentos de um dormitório e quitinetes são procurados principalmente por estudantes do interior e de outros estados. "Eles vêm estudar e, quase sempre, buscam áreas mais centrais, que são perto dos cursinhos e universidades", diz. Porém, Cirleide explica que embora seja maioria, esse não é o único público. "Solteiros, casais sem filhos e idosos também optam por apartamentos menores. O custo é reduzido e o espaço suficiente". De acordo com ela, a localização preferida também são os bairros ao redor do centro, como Cristo Rei, Alto da XV, Batel e Bigorrilho.

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