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Studios, lofts e apartamentos de um dormitório tiveram reajuste médio de 13,7% no período | Antônio More/Gazeta do Povo
Studios, lofts e apartamentos de um dormitório tiveram reajuste médio de 13,7% no período| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Bairros

Valorização reflete localização dos imóveis

A região onde está localizado o imóvel foi significativa para manter a valorização de algumas unidades acima da inflação registrada no período. Em Curitiba, os apartamentos novos construídos no bairro Campina do Siqueira lideraram o aumento com reajuste de 20,7% no preço do metro quadrado privativo, que passou de R$ 6,8 mil para R$ 8,2 mil entre dezembro de 2013 e outubro deste ano. Com valorização de 17,6% e metro quadrado em R$ 6,7 mil em outubro, o Ahú foi o segundo bairro que mais registrou alta no período, deixando para trás o Batel, terceiro bairro mais valorizado com 12,5%. "O Campina do Siqueira e o Batel são regiões consolidadas, sempre com bastante atividade e procura. O Ahú, por sua vez, é um bairro de conexão e em franca transformação. Novos empreendimentos e novos olhares tendem a acarretar essa valorização pontual", explica Diego Filardi, diretor Comercial e de Marketing do Grupo Thá.

Distante desses índices, o bairro Cristo Rei foi o que apresentou a maior desvalorização, com retração de 7,7% e preço do metro quadrado, que caiu de R$ 6 mil para R$ 5,6 mil no período. O Rebouças aparece na sequência com queda de 3% e metro quadrado comercializado a R$ 5,6 mil em outubro. "Esses bairros têm boas características e estão perto do Centro. Acredito que esta desvalorização não seja algo crônico, mas um reflexo do produto ofertado, que pode não trazer as características que os clientes buscam nessas regiões", analisa Hugo Peretti Neto, da construtora Hugo Peretti.

O cenário mais estável – reflexo da acomodação do mercado imobiliário nos últimos meses– não impediu que o preço dos imóveis subisse acima da inflação em Curitiba nos últimos 11 meses. É o que mostram os dados da pesquisa realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) em parceria com a Brain Bureau de Inteligência Corporativa.

INFOGRÁFICO: Veja quanto está o valor do metro quadrado dos apartamentos em Curitiba

O preço das unidades novas fechou o mês de outubro com um reajuste médio acumulado de 8,6% na comparação com dezembro de 2013. O índice ficou 2,6 pontos porcentuais acima da inflação registrada no período, que foi de 6%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como resultado, o preço do metro quadrado novo privativo passou de R$ 5,7 mil para R$ 6,1 mil no período.

Para o diretor de Pesquisa de Mercado da Ademi-PR, Fábio Tadeu Araújo, a valorização acima da inflação se deu porque, apesar de não estar tão aquecido, o mercado imobiliário não entrou em crise, como muitos especulavam. "A redução dos volumes de estoque ao longo do ano e a existência de uma demanda potencial real pressionaram os preços para níveis acima da inflação", acrescenta Diego Filardi, diretor Comercial e de Marketing do Grupo Thá.

Tipos

Os studios, lofts e apartamentos de um dormitório foram os que tiveram o maior reajuste do período, 13,7%, com metro quadrado privativo chegando a R$ 6,9 mil. "Tem muito investidor comprando este tipo de imóvel na busca por uma carteira de aluguel, isso puxa a valorização", explica Hugo Peretti Neto, diretor geral da construtora Hugo Peretti.

As unidades de quatro dormitórios registraram a segunda maior alta – 12,9%. Segundo especialistas, o número de lançamentos mais nobres e a menor oferta de unidades com este perfil justificam o reajuste do preço do metro quadrado privativo, comercializado a R$ 8,5 mil em outubro deste ano.

Estoque

Entre dezembro de 2013 e outubro de 2014, o estoque das construtoras sofreu um acréscimo de 6,5% em Curitiba, passando de 10,5 mil para 11,2 mil unidades novas disponíveis para venda (incluindo imóveis prontos e lançamentos). No comparativo entre os meses de outubro e setembro, entretanto, houve redução de 5,2% no total de apartamentos, período no qual o estoque apresentou seu menor índice desde fevereiro. Para especialistas, a ocorrência de eventos como a Copa do Mundo e as eleições, que estreitaram o período para novos lançamentos, e a política de redução de estoque por meio de promoções foram alguns dos fatores que incentivaram a queda da oferta de unidades novas.

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