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A síndica Damares Ferreira buscou orientação no Secovi para revitalizar o condomínio | Antonio More/Gazeta do Povo
A síndica Damares Ferreira buscou orientação no Secovi para revitalizar o condomínio| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

FUNCIONAMENTO

Saiba como atua o Departamento de Engenharia e Patologias das Construções do Secovi-PR:

- Atendimento: o Departamento funciona de acordo com os horários do Secovi-PR, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13 às 18 horas. É possível agendar uma visita ao prédio pelo telefone (41) 3259-6000 ou pessoalmente, na sede do Sindicato, na Rua Dr. Pedrosa, 475, Centro. A previsão é de que um técnico visite o edifício em até cinco dias após o protocolo do pedido.

- Visitas: o Departamento oferece dois tipos de visita: uma mais pontual, para verificar estritamente a patologia acusada pelo síndico, e uma mais profunda, com avaliação completa da estrutura, indicada para síndicos inexperientes ou para edifícios muito antigos. Na primeira, o técnico faz uma vistoria de cerca de duas horas na área acusada pelo síndico e, aproximadamente cinco dias após a inspeção, entrega um laudo com soluções e profissionais indicados. O laudo da segunda opção leva cerca de 45 dias para ficar pronto e traz um plano estratégico para dois anos. O Departamento também oferece serviço de vistoria para revitalização do edifício, como instalação de piscina, por exemplo.

- Preços: uma visita pontual com o laudo de patologias custa de R$ 150 a R$ 210, de acordo com o número de pavimentos do edifício. O projeto de dois anos, com uma vistoria completa da estrutura, varia de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil, dependendo do número de pavimentos e das patologias que apresentar.

Em março deste ano, ao assumir o exercício de síndica no Edifício Glória, no Centro Cí­vico, Damares Ferreira Schultz propôs como uma das primeiras melhorias a pintura da fachada do residencial de 35 anos. Por sentir-se despreparada para lidar com situações como essas, ela procurou alguns cursos ofertados a síndicos e descobriu o Departamen­to de Engenharia e Patologias das Cons­truções do Sindicato da Habi­tação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR). Em visita ao edifício, ao avaliar as condições para pintura, a equipe do Departamento descobriu outros problemas nas sacadas e na cisterna. "Eram problemas que deviam ser resolvidos antes da pintura, mais sérios. Essa descoberta norteou o projeto de revitalização do condomínio", avalia Damares.

Atuação

Damares foi uma das primeiras a con­­­­sultar o Departamento, que co­­me­­çou a atuar em Curitiba no fim do ano passado. Para o vice-presidente de planejamento do Secovi-PR, Luiz Carlos Borges da Silva, havia uma ne­­ce­­ssidade de auxiliar os síndicos. "Eles devem lidar com patologias que parecem simples, mas que às ve­­zes geram consequências graves. Não havia uma central de orientação, onde pudessem buscar in­­for­­­­mações es­­pecializadas sobre cada uma dessas patologias. Por isso, vi­­mos a ne­­cessidade de criá-la", afirma.

Para fazer o pedido de uma visita do Departamento, o condomínio deve ser sindicalizado e o síndico ou algum membro do conselho deve contatá-lo. Ele é formado por uma equipe multidisciplinar, de engenheiros civis e elétricos, tecnólogos e arquitetos que, com base na avaliação da estrutura, definem um laudo e organizam um orçamento e um cronograma, que apontam as atividades mais ur­­gentes. "A linha de atuação é diagnosticar o problema e indicar soluções, bem como os melhores profissionais para realizá-las", ex­­plica Borges da Silva.

Principais patologias

Segundo a chefe de equipe do Departamento, a especialista em patologias de construções Fabiana Cristina Mazetto dos Santos, os problemas mais comuns, encontrados durante as visitas, são relacionados a infiltrações em garagens, entre os banheiros dos apartamentos e em reservatórios de água, causando problemas de corrosão e tornando necessário um reforço na estrutura. Fissuras causadas pelo impacto de construções vizinhas são problemas recorrentes, principalmente em obras antigas.

Fabiana também aponta para danos nas sacadas dos edifícios, resultado, segundo ela, de corrosão por falta de impermeabilização e erros executivos. "Por ser uma área externa, fica em contato constante com a água da chuva, que degrada as armaduras internas. A consequência extrema disso é a queda da sacada", explica. Ela afirma que o Departamento registra pelo menos um prédio por mês com problemas na sacada e alerta para sinais visíveis. "Algu­mas fissuras no piso podem indicar risco. Por isso, é preciso ficar atento."

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