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Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial | MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO
Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial| Foto: MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO

Documentos

Certidões: são documentos que avaliam a legalidade da negociação, pois analisam se o vendedor está apto a vender o imóvel, se o bem pode ser comercializado e qual é a sua situação jurídica. Sem elas, não é possível lavrar e escritura. Seu custo varia de acordo com a sua finalidade e com o órgão que irá emiti-la. Podem custar de R$ 7 a R$ 40 cada.

ITBI (Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis): é cobrado pelas prefeituras municipais em todas as transações imobiliárias de compra e venda. O valor é estipulado pelos municípios e os recursos são destinados às obras de melhoria pública, inclusive àquelas ligadas à habitação. Sua alíquota em Curitiba é de 2,4% do valor de venda do imóvel. Nos financiamentos, imóveis com preço inferior a R$ 30 mil são isentos da cobrança; entre R$ 30 mil e R$ 80 mil pagam alíquota de 0,5% e acima de R$ 80 mil, a taxa normal, de 2,4%.

Escritura: é um contrato da negociação. Nela, constam dados de quem está vendendo, comprando e forma de pagamento. Também apresenta as especificações técnicas do imóvel adquirido, como tamanho e localização. Seu registro é feito por um tabelionato de notas e os custos variam de acordo com o valor do imóvel. Em geral, não ultrapassa R$ 600, valor cobrado para imóveis acima de R$ 20 mil. É um documento obrigatório para o registro do bem.

Registro: é o ato que torna o comprador de fato o novo proprietário do imóvel. Ele deve ser feito no cartório de registros de imóveis em que o bem estiver matriculado. Seu preço é tabelado por lei estadual. Para imóveis acima de R$ 20 mil – que são os que pagam o valor máximo –, o custo é de R$ 454.

Fontes: João Carlos Kloster, presidente do Colégio de Registros de Imóveis do Paraná e Altevir Bello, diretor de rendas imobiliárias da Secretaria Municipal de Finanças de Curitiba.

Comprar um imóvel pode ser mais caro do que se imagina e quem não planeja o orçamento corre o risco de levar um susto. Isto porque, muito além do valor da compra, o novo proprietário deve arcar com uma série de taxas e despesas extras – como impostos, escritura e registro – após a aquisição para poder, de fato, ter o bem em seu nome. Segundo profissionais do mercado imobiliário, esses custos, que geralmente pegam de surpresa o novo proprietário, podem chegar a 4% do valor da compra. Quando levado em conta alguns gastos secundários – como religamento de luz, água, telefone e mudança – os valores sobem mais.

De acordo com o gestor de vendas da imobiliária Apolar, Maurivam Neder, embora a maioria dos compradores saiba que terá gastos após a aquisição dos imóveis, não tem idéia exata dos valores. Para o despachante imobiliário Adão Lima, essas taxas acabam desestruturando o orçamento de grande parte dos novos proprietários. "É um valor muito expressivo. Geralmente quem compra investe todo o dinheiro na aquisição e, raramente, está preparado para despesas tão altas", afirma.

Em Curitiba, para uma residência de R$ 100 mil comprada à vista, por exemplo, o Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI), que é obrigatório e cobrado em toda transação de compra e venda imobiliária, tem alíquota de 2,4%. O custo seria de R$ 2,4 mil reais.

Somado a este valor, a taxa cobrada pelos tabelionatos de notas para lavrar a escritura, que é o contrato de compra, gira em torno de R$ 600 reais. Para viabilizar a escritura, no entanto, existe uma série de certidões que devem ser apresentadas. Com elas, o tabelionato avalia a legalidade da negociação. Seu custo total é de, em média, R$ 300.

E quem pensa que os gastos param por aí está enganado. É hora de registrar a escritura. Para isso, ele deverá desembolsar mais R$ 450 reais. Ao todo, para o imóvel que custava R$ 100 mil, foram gastos R$ 3.750 em documentação. Custo que sofre mais um acréscimo caso o comprador opte pelo serviço de um despachante imobiliário para encaminhar a papelada. Em média, eles cobram até R$ 400 para todo o processo burocrático, elevando o valor total gasto para R$ 4.150 – equivalente a 4% do valor do imóvel.

Gastos secundários

Para poder realmente habitar o novo endereço, o comprador precisa ainda estar atento aos serviços essenciais para o funcionamento da residência. Na região de Curitiba a Copel cobra R$ 3,90 para a religação normal da energia – que tem prazo de 24 horas para ocorrer – e R$ 19,90 para a de urgência – que é feita em até quatro horas. Para reabilitar o fornecimento de água, a Sanepar cobra o valor de R$ 58,69. Se o novo proprietário precisar de telefone em sua residência, deve desembolsar mais R$ 7,47 para a habilitação de uma linha pelo plano mais barato da Brasil Telecom ou R$ 41,90 pela operadora GVT.

Na hora da mudança, mais gastos. Em Curitiba, as seis transportadoras pesquisadas pela reportagem cobram uma média de R$ 50, por hora, pelo serviço dentro da cidade. Para quem prefere trabalhar com pacote fechado, o custo é de R$ 500. Número que sofre acréscimo do seguro dos bens transportados – equivalente a 1% do valor estipulado pelo proprietário para seus móveis e objetos.

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