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Imóveis

Retorno do MCMV anima setor da construção civil

Reinício de obras e contratações de novas unidades deve reaquecer ciclo produtivo

 | Josue Teixeira - 
Gazeta do Povo
(Foto: Josue Teixeira - Gazeta do Povo)

A retomada das obras paralisadas do programa Minha Casa Minha Vida, anunciada dia 11 pelo presidente interino, Michel Temer, deixou o setor da construção civil aliviado. Diante de 800 representantes do setor, Temer divulgou a finalização das 10,6 mil unidades inacabadas da faixa 1 do programa (para famílias com renda até R$ 1.800) e mais a contratação de 40 mil novas unidades na recém criada faixa 1,5, que beneficiará famílias com renda mensal bruta de até R$ 2,35 mil.

Dentre os estados que tem obras a terminar, o Paraná é o que tem menor número de unidades: 37 casas que compõe o Moradias Arapoti, no bairro CIC, em Curitiba, com reinício imediato das obras. Esse número pode ser explicado pela falta de novas contratações de imóveis para a faixa 1, antes da paralisação das obras.

“O valor do preço da terra subiu bastante em Curitiba, a ponto de inviabilizar mais contratações de imóveis para a faixa 1, que são construções com valores mais baixos. São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre também passam por isso”, explica José Eugênio Gizzi, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon).

Apesar do número de obras para terminar no Paraná ser pequeno, com a retomada do Programa, e mais as 40 mil novas casas da faixa 1,5, a tendência é que haja um aumento de postos de trabalho no setor. “Tivemos muitas demissões, desde 2011. O Minha Casa Minha Vida pode não retomar o número ideal de contratações, mas gera um número expressivo e rápido de postos de trabalho”, analisa José Vidal Boaretto, diretor geral da Village Construções.

Segundo o empresário, apesar de ainda não haver número certo de novas habitações no Paraná (dentre as 40 mil anunciadas na faixa 1,5), é possível fazer uma estimativa de quantos empregos serão gerados. “Nós fazemos o cálculo de, pelo menos, um trabalhador para cada unidade. Então, se falamos em 40 mil casas, seriam, no mínimo, 40 mil trabalhadores contratados, no país. E esse movimento gera também muitos empregos indiretos, em outros pontos da cadeia produtiva”, calcula.

A construtora Village entregará, ainda esse ano, 2.089 unidades da faixa 1, em Cascavel. O Residencial Riviera terá, também, duas escolas estaduais, dois CMEIS (creches), uma unidade de pronto atendimento e um centro comunitário. Na mesma cidade, serão entregues, no próximo final de semana, 1.456 casas da faixa 2.

Em Nova Esperança e Paraíso do Norte, 250 casas, em média, já começaram a serem construídas. Jandaia do Sul, Jaguariaíva e Rio Azul esperam o início das obras de 218, 358 e 103 unidades, respectivamente.

“Esperamos que a retomada do Programa dê confiança para o setor, gerando mais investimentos, mais obras, mais empregos, para entrarmos, novamente, em um ciclo produtivo positivo”, conclui José Eugênio Gizzi.

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