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Apartamento da advogada Maria Cristina: varanda fechada para aproveitar também nos dias frios e chuvosos | Fotos: Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Apartamento da advogada Maria Cristina: varanda fechada para aproveitar também nos dias frios e chuvosos| Foto: Fotos: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Proteção

Opção valoriza o imóvel

A tendência de envidraçar determinadas áreas não somente amplia o conforto, mas valoriza o imóvel. Na prática, aumenta a área útil do apartamento, afirma o gerente de vendas da JFA Vidros, Elson Benedetti. "Qualquer espaço adicional representa uma valorização real no preço. Envidraçar estes ambientes pode ser um bom investimento." Benedetti destaca, ainda, a resistência e preservação dos espaços frente a fenômenos naturais, como insolação, chuva e vento, este principalmente em residências em locais e andares mais elevados. "Nas varandas fechadas, o morador não precisa ter a preocupação de comprar móveis e acessórios de decoração impermeáveis ou mais resistentes."

Opções

Para o fechamento de sacadas nos apartamentos, o mercado oferece três opções, todas com vidro laminado (mantém em conjunto os estilhaços quando quebrado) ou temperado (mais resistentes), de espessura padrão entre 8 e 10 milímetros. O mais moderno é formado por folhas de vidro e permite a abertura total das placas. Funciona por meio de um sistema de trilhos. O conjunto de painéis de vidro desliza horizontalmente, e gira em um ângulo de 90 graus, individualmente. Estes painéis ficam todos agrupados em um canto da sacada ou varanda.

Chega a custar 200% a mais do que o valor do sistema padrão, do tipo janela (vidros fixos com abertura apenas das lâminas do centro), mas, por outro lado, compensa pela abertura total que oferece, avalia a diretora da Vidraçaria Cometa, Heide Gessner. "Ao mesmo tempo em que é possível vedar totalmente a sacada, aproveita-se a abertura total da área. Além disso, é o único que é possível instalar em sacadas curvas."

  • A mesa para jogar cartas com amigos e a chaise em fibra sintética oferecem diversão e relaxamento a Patrícia, o marido e convidados

As baixas temperaturas enfrentadas pelo curitibano em boa parte do ano costumam ser a principal justificativa para as pessoas deixarem de aproveitar áreas abertas da casa, como sacada, varanda e terraço – assim como os dias chuvosos, que, segundo a média histórica, são 116 por ano na cidade. As superfícies envidraçadas têm sido a solução encontrada para não ter de abrir mão de curtir esses ambientes nesses períodos mais críticos, principalmente entre junho e agosto, quando as temperaturas ficam em torno de 12 graus, em média, em Curitiba.Justamente por isso a advogada Maria Cristina Corrêa Pedroso não pensou duas vezes antes de investir no fechamento da área externa da casa onde mora com o marido, o advogado Renato Wolf Pedroso, no São Lourenço. O jardim foi integrado ao espaço onde fica a churrasqueira, com portas de correr de vidro no entorno. Portas e janelas foram estrategicamente instaladas para permitir a circulação ideal para o ambiente.

Foi a principal reforma e tornou-se um dos espaços mais frequentados da casa, mesmo com o clima mais ameno dos últimos dias, revela Maria Cristina. "Usamos praticamente toda semana para jantar ou fazer churrasco. Ao mesmo tempo em que estamos protegidos, estamos no jardim e, de certa forma, fora de casa", diz. A arquiteta Gisela Carnasciali Miró, responsável pelo projeto, escolheu o vidro refletivo, por ser um material capaz de reter 80% da incidência solar, o que garante um clima agradável também nos dias mais quentes.

Perfil

As grandes sacadas são cada vez mais comuns nos lançamentos do mercado imobiliário em Curitiba. Mas, na sua maioria, são entregues abertas aos novos moradores. Pesquisas de mercado mostram, segundo o diretor da construtora Plaenge, Fernando Fabian, que os clientes se dividem quanto ao interesse em ter sacada fechada em Curitiba. "Não é unanimidade, o que explica porque a obra não é incluída nos projetos das construtoras, ficando a cargo de cada morador." Outra questão é a legislação. Se a sacada é fechada, é considerada área construída, o que pode incidir na perda de área interna no apartamento. "A lei municipal permite que as sacadas de até seis metros quadrados não sejam computáveis como área construída", diz o diretor da Plaenge, que oferece sacada em todos os apartamentos que constrói.

Condomínio precisa aprovar o projeto

Antes de fechar com lâminas de vidro a sacada do apartamento, a paisagista Patrícia Bortoletto Rossi e o marido, o bancário Helio Rossi Júnior, precisaram da aprovação dos demais moradores do condomínio onde moram há seis meses, no Mossunguê. Não so­­mente porque a obra modifica a fachada, mas porque precisa ser pa­­dronizada, para o caso de adesão de outros vizinhos.

Nesse caso, não houve resistência dos moradores. "O fechamento foi aprovado em reunião de condomínio pela maioria dos votantes. Interessa aos outros, inclusive por estarmos em uma área com muito verde", conta Patrícia. Caso a instalação seja realizada sem prévio consentimento, o morador corre o risco de ter de desfazer a obra por ordem judicial. "O interessante é levar para a reunião sugestões de projetos e estimativa de custo, para facilitar a avaliação e aprovação", recomenda a arquiteta Carla Kiss.

A profissional é a responsável pelo projeto no apartamento de Patrícia e Helio. Uma das preocupações da dona da casa, relata Carla, era não ter de abrir mão das plantas por conta da vedação da sacada. "Há diversas plantas apropriadas para esta área. Ela ganhou um jardim de inverno bem ambientado, além de uma sala de jogos", diz. A parte inferior é originalmente de vidro. O mobiliário de fibra natural ga­­nhou estofados com tecido de estampa floral e uma das paredes recebeu painel feito com mosaico de madeira de demolição, para dar sensação de aconchego. "As plantas têm folhas que puxam a tonalidade laranja dos tecidos, para compor a decoração."

A arquitera Carla Kiss indica, para controle da insolação no ambiente, utilizar persianas ou cortinas. Caso haja o interesse em tornar o local uma parte com­­plementar da área de estar, ela sugere a padronização. "O melhor é nivelar o piso e utilizar a mesma padronagem de revestimento."

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