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Agência da Caixa, no Jardim das Américas: um dos primeiros empreendimentos no Brasil a receber o selo Procel Edifica | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Agência da Caixa, no Jardim das Américas: um dos primeiros empreendimentos no Brasil a receber o selo Procel Edifica| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Discussão

Curitiba coloca sustentabilidade em debate público

A cidade possui leis que impõem regras à construção civil no sentido de proteger o meio ambiente e seus recursos: a lei 10.785, que determina a implementação do Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações, e a lei 11.682, que cria o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

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Em qualquer setor, a certificação atesta que a empresa tem processos de organização e controle. Entre as várias opções de selos verdes, duas – uma ampla e outra específica – chamam mais a atenção no mercado da construção civil.A primeria é a etiqueta Procel Edifica, do governo federal, que mede a eficiência energética das construções e contempla, atualmente, apenas edifícios comerciais e públicos. Em 2010, o programa quer atender também às demandas de construção residencial. "Avaliamos a iluminação, o uso de ar condicionado e a questão da envoltória térmica, que trata dos materiais usados, como o vidro", explica o arquiteto da Eletrobrás Rodrigo Casella. A etiqueta é concedida pelo Labo­ra­tório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), da Uni­versidade Federal de Santa Ca­­tarina. No lançamento do selo, o Paraná já teve um empreendimento etiquetado: a agência da Caixa Econômica Federal do bairro Jardim das Américas, em Curi­­­tiba.

TotalidadeO outro selo abrange a construção de modo geral. O Green Building Council Brasil (GBC) tem a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que analisa seis grandes eixos: localização, uso racional da água, eficiência energética, uso de materiais recicláveis, qualidade ambiental interna e inovação do projeto. O selo, inspirado no modelo norte-americano, avalia construções novas ou prédios em manutenção. Alguns pesquisadores e profissionais da área têm restrições nas adaptações do modelo importado, já que a certificação deveria levar em conta os fatores e materiais adequados para a realidade de cada local.

Segundo o diretor executivo do GBC Brasil, Nelson Kawakami, a procura pelo LEED tem aumentado. Há quatro anos apenas dois empreendimentos buscavam a certificação. "Até o fim de setembro deste ano, 148 empreendimentos nos procuraram e dez já têm a certificação". Apesar disso, Kawakami diz que o número é pequeno em relação ao total de obras nacionais: apenas 1% procura agregar o LEED.

Incentivos

O presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Pinheiro Franck, destaca que programas federais, como o "Minha Casa, Minha Vida", privilegiam a construção sustentável, exigindo o reuso de água de chuva e a busca por formas alternativas de energia, como a solar. Já o Pro­­grama Bra­­­­­si­­­­leiro de Qualidade e Produ­­­tividade do Habitat (PBQP-H), da Secretaria Nacional de Ha­­­bitação do Ministério das Cidades, articula o setor em duas frentes: a modernização produtiva e a melhoria da qualidade das habitações, incentivando a destinação de recursos de diferentes ins­­tituições financeiras para projetos com essas características.

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