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As alergias respiratórias estão afetando cada vez mais pessoas que trabalham em escritórios e ambientes fechados. Um estudo publicado na revista científica norte-americana Environmental Health Perspectives demonstrou que até 60% das pessoas que trabalham em locais com má qualidade do ar sofrem com sintomas respiratórios como ressecamento da mucosa nasal e piora dos sintomas de rinite e asma. O fenômeno tornou-se tão comum que a Organização Mundial da Saúde o denominou de "Síndrome do Edifício Doente".

Um dos problemas mais freqüentes dos edifícios "doentes" é o sistema de ar condicionado, que apresenta alto grau de contaminação por microorganismos. A Dra. Mônica Aidar Menon Miyake, otorrinolaringologista e alergista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, explica que a Síndrome do Edifício Doente é observada em pessoas que passam grande parte do seu tempo dentro de ambientes mal ventilados.

A médica explica que é freqüente o desencadeamento ou piora dos sintomas de rinite alérgica e não alérgica, além da rinite ocupacional. "Isto pode ocorrer por deficiência de insolação (luz solar) e de ventilação do ambiente, bem como acúmulo de alérgenos (substâncias ou microorganismos que desencadeiam a alergia) e irritantes respiratórios, sem contar a falta de manutenção adequada dos aparelhos de ar condicionado", afirma.

Os microorganismos mais facilmente encontrados em ambientes onde há má qualidade do ar são os ácaros, organismos que habitam e se proliferam onde há matéria orgânica de qualquer natureza. Os fungos, que aproveitam a umidade e a falta de limpeza dos aparelhos de ar condicionado, de aparelhos isolados e, principalmente, no ar condicionado central de grandes edifícios, também são comuns. Outros poluentes atmosféricos internos, como fumaça de cigarros, produtos químicos para higiene e limpeza também podem levar a respostas alérgicas ou infecciosas.

Para quem trabalha em locais com má qualidade do ar, os sintomas causados pela síndrome do edifício doente podem ser amenizados com alguns recursos. Segundo a Dra. Renata Rodrigues Cocco, alergista e consultora científica da Libbs Farmacêutica, para manter as vias aéreas livres de impurezas, recomenda-se limpeza nasal. "Cerca de 4 vezes ao dia, com solução fisiológica, para impedir a entrada dos agentes indesejáveis ao trato respiratório".

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