• Carregando...

Aconteceu o que as próprias instituições financeiras e construtoras já apontavam no início do segundo semestre do ano passado: os recursos disponíveis para financiar a habitação no Brasil em 2005 não foram integralmente aproveitados. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, que sozinha responde por quase dois terços dos financiamentos habitacionais do país, estima fechar o ano com cerca de R$ 8,2 bilhões contratados. É muito, mas este número representa apenas 75% dos R$ 10,91 bilhões do disponível no orçamento. De acordo com a Caixa, foram contratados cerca de R$ 6,53 bilhões para a compra ou construção de 342,9 mil unidades habitacionais até o início de dezembro, e outros R$ 1,7 bilhão podem ter sido emprestados até o final do mês passado.

Para os empresários da construção civil, a sobra de dinheiro se deve também à política pública – que não teria priorizado a construção de imóveis novos. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, disse que houve um direcionamento excessivo dos financiamentos habitacionais com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à aquisição de materiais de construção, imóveis usados, lotes urbanos, reforma e ampliação. Na análise da CBIC, isso prejudicou o financiamento da produção de imóveis novos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]