
Há 20 anos, juntar um grupo de imobiliárias para atuar em conjunto, mesmo antes de a internet se popularizar, parecia uma ideia impossível de colocar em prática. A Rede Imóveis, que atualmente reúne 13 imobiliárias da capital, venceu as dificuldades físicas e as barreiras culturais, mostrando que trabalhar em equipe é bom negócio.
O grupo nasceu em 1993 e foi pioneiro no Brasil nesse formato de parceria.
Na Rede, as empresas compartilham toda a carteira de imóveis, tanto de locação como para venda. Com isso, quem procura imóvel em uma das imobiliárias do grupo pode acabar fechando negócio com outra.
A prática pode parece estranha por promover empresas concorrentes de mercado, mas a atuação em conjunto acaba favorecendo todos os participantes. Cerca de 35% dos negócios gerados em cada imobiliária acontecem via Rede.
Crescimento
Esses negócios ajudam as imobiliárias a manter um crescimento médio de 20% ao ano.
"Os corretores absorveram o conceito de rede", afirma Fernando Galvão, atual presidente. "Não existe o sentimento de que, se você oferecer um imóvel da outra imobiliária ao cliente está ajudando a concorrência. Pelo contrário. A possibilidade da carteira compartilhada facilita o trabalho do corretor e o cliente fica feliz", diz o presidente da Rede Imóveis.
O grupo é formado pela Cilar, Baggio Imóveis, Imobiliária 2000, Fernandez Mera, Habitec Imóveis, Imobiliária Razão, Cibraco Imóveis, Futurama Imóveis, Galvão Locações, C3 Imóveis, J8 Imóveis, Kondor Imóveis e Brasil Brokers Galvão.
Desafios
Quando a rede começou, as imobiliárias compartilhavam fichas com informações sobre o imóvel. Hoje elas usam o mesmo sistema informatizado. Quando o cliente procura o perfil de um imóvel no site de uma das empresas, tem acesso à lista de todas.
Juntas, as 13 empresas têm uma carteira de 4.500 imóveis. O grupo responde por 15% do mercado de vendas e 25% do segmento de locação em Curitiba.



