Futuro
Objetivo é fortalecer imagem
As empresas associadas à Rede Imóveis contribuem com um investimento mensal fixo que custeia a administração do grupo.
Nos últimos dois anos, boa parte dos recursos foi aplicado em marketing. O foco é reforçar a imagem da Rede junto ao público. "Fazemos campanhas específicas para fortalecer a marca. Queremos mostrar nossa cara", conta Fernando Galvão, presidente da Rede.
De acordo com ele, o crescimento da construção civil nos últimos anos pulverizou o mercado. Surgiram novas empresas e muitos corretores.
"Nosso objetivo é mostrar a força da rede, que reúne imobiliárias idôneas, experientes e com um histórico na cidade", argumenta.
Primeiros passos
O grupo começou em setembro de 1993. Alguns empresários que se encontravam habitualmente em reuniões e eventos do Conselho dos Corretores (Creci-PR) e do sindicato das imobiliárias (Secovi-PR) perceberam que era preciso se unir.
"Na época cada um agia por si. Fomos buscar alternativas fora do país, nos Estados Unidos e Argentina, onde empresas do ramo já atuavam dessa maneira. Fomos pioneiros na formação de rede de imobiliárias no Brasil", conta Françolin Tomazini, um dos fundadores da Rede.
"Trabalhar em grupo traz muitos benefícios. O treinamento dos corretores em conjunto e representa economia", exemplifica Tomazini.
Aprendizado
Outra vantagem é o aprendizado de boas práticas. "Há uma mistura entre empresas mais antigas e outras mais novas, e pessoas de diferentes gerações. Além do networking, você aprende muito", comenta Andrea Baggio, diretora da marketing da Rede. "Estive em outras imobiliárias da Rede para saber como determinado procedimento financeiro era feito, e por outro lado, empresas já vieram nos conhecer para entender como lidamos com alguns quesitos da locação. É sempre um troca positiva", salienta.
Há 20 anos, juntar um grupo de imobiliárias para atuar em conjunto, mesmo antes de a internet se popularizar, parecia uma ideia impossível de colocar em prática. A Rede Imóveis, que atualmente reúne 13 imobiliárias da capital, venceu as dificuldades físicas e as barreiras culturais, mostrando que trabalhar em equipe é bom negócio.
O grupo nasceu em 1993 e foi pioneiro no Brasil nesse formato de parceria.
Na Rede, as empresas compartilham toda a carteira de imóveis, tanto de locação como para venda. Com isso, quem procura imóvel em uma das imobiliárias do grupo pode acabar fechando negócio com outra.
A prática pode parece estranha por promover empresas concorrentes de mercado, mas a atuação em conjunto acaba favorecendo todos os participantes. Cerca de 35% dos negócios gerados em cada imobiliária acontecem via Rede.
Crescimento
Esses negócios ajudam as imobiliárias a manter um crescimento médio de 20% ao ano.
"Os corretores absorveram o conceito de rede", afirma Fernando Galvão, atual presidente. "Não existe o sentimento de que, se você oferecer um imóvel da outra imobiliária ao cliente está ajudando a concorrência. Pelo contrário. A possibilidade da carteira compartilhada facilita o trabalho do corretor e o cliente fica feliz", diz o presidente da Rede Imóveis.
O grupo é formado pela Cilar, Baggio Imóveis, Imobiliária 2000, Fernandez Mera, Habitec Imóveis, Imobiliária Razão, Cibraco Imóveis, Futurama Imóveis, Galvão Locações, C3 Imóveis, J8 Imóveis, Kondor Imóveis e Brasil Brokers Galvão.
Desafios
Quando a rede começou, as imobiliárias compartilhavam fichas com informações sobre o imóvel. Hoje elas usam o mesmo sistema informatizado. Quando o cliente procura o perfil de um imóvel no site de uma das empresas, tem acesso à lista de todas.
Juntas, as 13 empresas têm uma carteira de 4.500 imóveis. O grupo responde por 15% do mercado de vendas e 25% do segmento de locação em Curitiba.
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