• Carregando...
José Dumont na pele do retirante Deraldo, que é confundido com um criminoso | Divulgação/Raiz Filmes
José Dumont na pele do retirante Deraldo, que é confundido com um criminoso| Foto: Divulgação/Raiz Filmes

Desperdício

8 toneladas é a quantidade média de materiais de construção que cada pessoa consome por ano, segundo estudos de grupos internacionais de sustentabilidade. Deste total, 10% liberam, na sua produção, grandes quantidades de gás carbônico – uma das causas do aquecimento global.

Diminuir o impacto negativo da arquitetura no meio ambiente é um esforço não só dos fabricantes de materiais de construção, mas também de profissionais e consumidores. Segundo Claude Ouimet, vice-presidente do grupo canadense Interfaceflor, essa é a união necessária para conter graves problemas ambientais já sentidos no mundo.

O executivo esteve em Curitiba na última terça-feira a convite da Associação Brasileira das Empresas de Arquitetura do Paraná (Asbea-PR) e Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR) para participar do seminário "Impacto da Arquitetura no Aquecimento Global". Também esteve presente no evento Cláudia Martins, membro do Conselho Brasileiro de Sustentabilidade.

Para Oiumet, cada parte envolvida na Construção Civil deve fazer seu papel na defesa do meio ambiente. Segundo ele, as empresas que produzem os materiais precisam mudar a mentalidade em relação à produção. "As companhias devem pesquisar métodos produtivos menos agressivos à natureza. Mas só isso não basta, elas também devem compensar eventuais danos causados", afirma.

A Interfaceflor, uma das maiores empresas do mundo no segmento de carpetes, lançou recentemente um programa chamado Missão Zero. A expectativa é que até 2020 a empresa não cause nenhum impacto ambiental negativo. Entre as ações estabelecidas por ela, Ouimet destaca o plantio de florestas, que contribuem para a retirada do excesso de gás carbônico da atmosfera – uma das causas do aquecimento global.

O executivo alerta, porém, que os esforços em prol da preservação ambiental devem ser estendidos também aos profissonais e consumidores. "É preciso responsabilidade dos arquitetos, designers e engenheiros ao escolher determinado elemento. Saber como é seu ciclo de vida, se é reciclável, e como é a sua limpeza. Existem sempre opções mais responsáveis, como criar chaminés para entrada de ar em vez de instalar um sistema de ar-condicionado, por exemplo", diz.

Para os compradores, Ouimet aconselha optar pelas aquisições ecologicamente corretas. "Não dá para reclamar da poluição se você exigiu na construção de sua casa um material que para ser feito produziu muito gás carbônico", diz.

Cláudia Martins, membro do Conselho Brasileiro de Sustentabilidade, também ressalta a importância do papel do consumidor. "Não basta comprar uma casa feita com produtos "verdes". Tem de saber se o processo que a empresa que o produziu também foi ambientalmente responsável e se as ações dela também são. É tudo uma grande cadeia", avalia. De acordo com Cláudia, para contribuir, quem compra pode ficar atento a alguns detalhes. "Pesquise como é feita a produção dos materiais que você deseja, o transporte, a compensação dos danos ambientais. Procure as empresas realmente engajadas", diz.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]