O luxo convivendo com o popular, a grandeza com o local e o conforto com o trabalho pesado do chão de fábrica. Parece um paradoxo? Essa é a principal característica da Rua Eduardo Sprada que passa pelos bairros Seminário e Campo Comprido e pela Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Com mais de oito quilômetros de extensão, ela é uma das poucas que mantém o mesmo traçado do tempo em que era a mais importante via para quem ia ao Estado do Mato Grosso. Fama confirmada pela ampla ocupação residencial das suas margens. "São raros os lotes e os imóveis à venda na rua. Quando existem, têm comprador garantido", destaca o diretor da Baggio Empreendimentos Imobiliários, Élcio Baggio, morador da região há 50 anos.
O comércio é de bairro e se concentra no início da via, na continuação com a Avenida Nossa Senhora Aparecida. Predominam, entre os poucos estabelecimentos que existem, farmácias, postos de gasolina, panificadoras, pequenos mercados e lojas de roupa. "Não existe loja à venda e o valor de locação delas é bem distinto, variando de R$ 300 a R$ 2.000 o metro quadrado", conta Baggio.
Alguns quilômetros à frente, no Campo Comprido, o clima de vizinhança da cidade de interior dá lugar aos condomínios residenciais de alto padrão da cidade grande, com sistema de segurança informatizado e ampla área de lazer. E a região se prepara para receber pelo menos mais um deles. "Os condomínios estão sendo bastante procurados. O metro quadrado está entre R$ 250 e R$ 300", diz Baggio.
Chegando à Avenida Juscelino Kubitschek, o viaduto divide a região em dois mundos. Próximo ao CIC, as indústrias, na sua maioria multinacionais, destacam-se entre as precárias habitações populares e algumas invasões. Baggio comenta que o valor do metro quadrado para instalação de uma fábrica gira entre R$ 50 e R$ 100 no local.
No fim do trecho, a beleza do Parque do Passaúna ameniza os contrastes.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião