Desde novembro de 2015, o número de imóveis residenciais novos em estoque, em Curitiba e Região Metropolitana, vem diminuindo e se aproximando do número considerado ideal para o mercado da cidade – em torno de 7 mil unidades. No mês de maio foram calculadas 8.612 unidades, 2,3% a menos que as 8.819 tabuladas em abril.
A diminuição do estoque de imóveis reflete a estratégia das construtoras em reduzir lançamentos de novos empreendimentos, enquanto promovem facilidades na compra ou realizam promoções. Na comparação mensal para novos imóveis, maio registrou lançamento de 84 unidades, 8,3% a mais que as 77 do mês de abril, porém quase 54% abaixo da quantidade de maio de 2015, quando 182 imóveis foram lançados.
No acumulado dos cinco primeiros meses, 2016 sofreu queda de 70% nos lançamentos, comparando com o mesmo período de 2015, enquanto as vendas caíram, apenas, 24%.
“Quem não comprar agora poderá se arrepender no futuro, pois a diminuição do estoque mostra o mercado recuperando o equilíbrio. E com o reaquecimento da economia, a tendência é que os preços subam no médio e longo prazo”, analisa Fábio Tadeu Araújo, diretor de pesquisa de mercado da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR).
Para Fábio, o número de imóveis em estoque deve continuar baixando até dezembro, período em que as construtoras devem aumentar o número de lançamentos.
Isso fará com que os preços subam, segundo o coordenador comercial do Grupo Thá, Bruno Pardo. “A construção de um empreendimento faz aumentar o valor médio do metro quadrado da região. A melhor opção é fechar o negócio o quanto antes, enquanto os valores dos imóveis ainda não foram corrigidos de acordo com a inflação”, afirma.
Segundo Pardo, a Thá está com projetos de empreendimentos aguardando para serem iniciados assim que o estoque diminuir. “Para isso, estamos num semestre de realizar liquidações”, conclui.
Outro fator que pode contribuir para o aumento do preço dos imóveis é o aumento da procura, impulsionado pela mudança no valor do crédito oferecido pela Caixa Econômica Federal, de 1,5 milhão para 3 milhões. A tendência, segundo o diretor da Ademi/PR, Fábio Araújo, é que o volume de vendas aumente de 10 a 15%, a partir desse mês.



