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Busca e apreensão

Bolsonaro com tornozeleira: entenda a operação da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro discursa durante manifestação em São Paulo, no dia 29 de junho de 2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro discursa durante manifestação em São Paulo, no dia 29 de junho de 2025 (Foto: EFE/ Sebastião Moreira)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira(18), com busca e apreensão em sua casa e na sede do PL em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs medidas cautelares severas, agitando o cenário político brasileiro.

Entenda a operação e a reação do meio político:

Medidas severas: detalhes da decisão de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs medidas cautelares severas, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno (das 19h às 7h), proibição de acesso a redes sociais, e restrições de contato com diplomatas, embaixadas e aliados/familiares como Eduardo Bolsonaro.

Como a oposição reagiu?

Parlamentares da oposição reagiram de forma imediata e intensa, classificando as medidas como "perseguição política", "humilhação", "ditadura escancarada" e "estado de exceção". Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) pontuou que a imposição da tornozeleira ocorreu "sem crime, sem condenação, sem prova", identificando o "delito" de Bolsonaro como "enfrentar o sistema". Rodolfo Nogueira (PL-MS) descreveu a situação como uma "vergonha para o Brasil", argumentando que Bolsonaro está sendo tratado como um "criminoso perigoso" em uma "caça às bruxas".

Celebração na esquerda

A esquerda brasileira celebrou a operação, com parlamentares como Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmando que "a hora da Justiça está chegando!". Maria do Rosário (PT-RS) declarou que "Bolsonaro começa a ser responsabilizado por seus crimes contra o Brasil". Lindbergh Farias (PT-RJ) avaliou a decisão como "necessária para proteger o processo penal e impedir articulações golpistas em curso", mencionando alertas prévios sobre o "risco de fuga e de interferência internacional". Guilherme Boulos (PSOL-SP) classificou o evento como um "Grande Dia!" para o Brasil, onde "os golpistas vão ser punidos".

Ligação com Trump

As medidas cautelares fazem parte de uma nova ação do STF aberta em 11 de julho, que corre em sigilo. Há indícios de que a operação possa ter ligação com a citação de Bolsonaro pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao impor um tarifaço de 50% aos produtos importados do Brasil, determinado dois dias antes de Moraes abrir a ação. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) interpretou a ação como Moraes "redobrando a aposta" após o vídeo de seu pai para Donald Trump.

Defesa de Bolsonaro: "Surpresa e indignação"

A defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Celso Vilardi, recebeu a imposição de medidas cautelares "com surpresa e indignação", afirmando que o ex-presidente "sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário". O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, considerou a medida "desproporcional". Bolsonaro, que nega as acusações de tentativa de golpe, afirmou na véspera da operação que "não tem que provar que sou inocente", e que "tudo são suposições", ressaltando não haver mensagens suas sobre os eventos de 8 de janeiro.

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Conteúdo editado por: Jones Rossi

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