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Pandemia

1 a cada 50 pessoas na Inglaterra teve Covid-19 na última semana do ano, estima governo

Homem caminha por rua vazia em Manchester, Inglaterra, no início de novo lockdown no país para combater as transmissões de Covid-19, 5 de janeiro (Foto: Oli SCARFF / AFP)

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O governo britânico estima que uma a cada 50 pessoas que vivem em domicílios privados na Inglaterra (mais de 1,1 milhão de pessoas) teve Covid-19 na semana que terminou no dia 2 de janeiro.

Os dados do Departamento de Estatísticas Nacionais foram divulgados nesta terça-feira (5) em coletiva de imprensa com o primeiro-ministro Boris Johnson e conselheiros científicos do governo britânico.

As autoridades de saúde do país estimam que 1,12 milhão de pessoas contraíram o coronavírus entre 27 de dezembro e 2 de janeiro na Inglaterra; o número não inclui pessoas que vivem em asilos, hospitais e outras instituições. Isso representa um aumento do número estimado para a semana que terminou em 23 de dezembro, de 1 a cada 70 pessoas infectada.

No Reino Unido, o número de casos novos de Covid-19 bateu o recorde desde o início da pandemia: nas últimas 24 horas, foram registrados 60.916 novas infecções e 830 mortes pela doença. Segundo o jornal The Guardian, o número de pessoas que testaram positivo para o coronavírus em um dia nunca tinha ultrapassado 50 mil até a semana passada.

Boris Johnson disse durante a coletiva que quase um quarto das pessoas com mais de 80 anos na Inglaterra já recebeu uma dose da vacina contra o coronavírus. "Nós agora já vacinamos mais de 1,1 milhão de pessoas na Inglaterra e mais de 1,3 milhão por todo o Reino Unido. E isso inclui mais de 650 mil pessoas com mais de 80 anos, o que é 23% de todas as pessoas maiores de 80 na Inglaterra", disse o premiê.

Lockdown e pacote fiscal

A Inglaterra entrou em lockdown pela terceira vez nesta terça-feira, em medida semelhante à imposta no país em março do ano passado. O bloqueio nacional é uma tentativa de conter a disseminação do vírus e de novas cepas enquanto a vacinação avança.

O ministro do Gabinete britânico, Michael Gove, ao canal Sky News, apontou que "no início de março devemos ser capazes de retirar algumas destas restrições, mas não necessariamente todas". "Faremos todo o possível para vacinar o máximo de pessoas e para que consigamos começar a retirar progressivamente as restrições", completou, anunciando que as próximas semanas serão "muito, muito difíceis".

O governo do Reino Unido anunciou na manhã desta terça-feira um pacote fiscal de 4,6 bilhões de libras esterlinas para atenuar o impacto econômico do novo lockdown no país.

De acordo com comunicado emitido pelo Tesouro britânico, empresas de varejo, hotelaria e lazer - setores bastante afetados por medidas de isolamento social - terão direto a subsídios de até 9 mil libras esterlinas e cobrança de impostos suspensa. Outros 1,694 bilhão de libras esterlinas serão direcionados a negócios de outros setores e a autoridades locais. "O dinheiro será fornecido por propriedade para apoiar as empresas em meio às restrições mais recentes e deve beneficiar mais de 600.000 propriedades comerciais", diz o documento.

Além disso, o governo britânico estendeu linhas de crédito com apoio estatal até março. O ministro de Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, ressalta no comunicado que o governo local age para proteger vidas e a economia ao mesmo tempo.

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