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Londres – Artistas de todo o mundo agitaram durante 24 horas a consciência das pessoas sobre os riscos do aquecimento global com a maratona musical de shows Live Earth, que começou na Austrália e terminou no Brasil, com apresentações em vários países pelo planeta.

A estridente guitarra de Lenny Kravitz encerrou o Live Earth do Rio de Janeiro, que teve cerca de sete horas de duração e reuniu aproximadamente 400 mil pessoas nas areias de Copacabana.

Um dos pontos altos da noite em Copacabana foi o anúncio de que o Cristo Redentor acabava de ser eleito em Lisboa como uma das "Novas 7 Maravilhas do Mundo".

A maratona de shows no Rio foi aberta pela cantora e apresentadora de tevê Xuxa, que subiu ao palco cercada por dezenas de crianças e fez uma chamada para deter a acelerada degradação do planeta. "Não basta dizer que não somos culpados. Gostando ou não, temos que aprender outra vez a viver neste mundo e só com muita, mas muita informação vamos mudar este quadro", disse. Além de Xuxa, participaram os brasileiros O Rappa, Jota Quest, Marcelo D2, MV Bill e Jorge Ben Jor, que protagonizou um dos momentos mais emocionantes da noite, quando cantou com centenas de milhares de pessoas o clássico "Fio Maravilha".

Na cidade australiana de Sydney as danças tradicionais dos aborígines deram a largada de um espetáculo que começou às 10 horas (horário local), com seus instrumentos de sopro ancestral fabricados a base de um tronco gigante de eucalipto e com as boas-vindas ao público do ex-vice-presidente americano Al Gore – organizador do evento – através de uma tela gigante. Segundo ele, este é apenas o começo de uma campanha de três anos para tentar "curar o planeta".

O Japão foi testemunha de um concerto duplo que começou ao meio-dia em Tóquio e continuou até o fim da noite em Kioto. As apresentações, que atraíram cerca de 10 mil espectadores, ficaram com os americanos do Linkin Park, a Yellow Magic Orchestra, de Ryuichi Sakamoto, compositor da música dos Jogos Olímpicos de Barcelona, e Michael Nyman, famoso por suas trilhas sonoras.

Xangai foi o palco da terceira apresentação do Live Earth, mas o show foi prejudicado pela tempestade de chuva ácida, própria da estação, que castigou o distrito financeiro. O espetáculo reuniu cerca de três mil pessoas que se reuniram aos pés da torre de televisão Pérola do Oriente (a mais alta da Ásia, com 468 metros), no coração de Xangai, para assistir à apresentação de várias estrelas locais e da soprano britânica Sarah Brightman.

"Não só a próxima geração depende de nós, nós também somos essa geração, portanto devemos salvar a nós mesmos", afirmou o vocalista do grupo de rock Soler.

Na África, o continente que, segundo especialistas, mais vai sofrer com os efeitos da mudança climática, o Live Earth chegou a Johanesburgo pelas mãos do Soneto Gospel Choir. Cerca de 12 mil pessoas se reuniram no norte da cidade para assistir aos shows da banda de reggae UB40, da cantora Angelique Kidjo, do senegalês Baaba Maal e dos sul-africanos Danny K, entre outros.

Na Europa, o Live Earth começou ao meio-dia com o show da colombiana Shakira em Hamburgo, uma apresentação que foi prejudicada pelas fortes chuvas que castigam o norte da Alemanha e que fizeram com que um público menor do que o esperado comparecesse ao estádio de futebol da equipe local.

O mítico grupo britânico Genesis deu a largada aos shows em Londres, em um remodelado estádio de Wembley lotado de apaixonados por música.

Em Washington as estrelas country Garth Brooks e Trisha Yearwood deram início ao show com uma versão da música We Shall Be Free. O show na capital americana foi realizado em um local do Museu do Índio Americano e contou com a apresentação do grupo indígena Blues Nation.

Em Nova Iorque, o Live Earth aconteceu no Giants Stadium, de Nova Jersey, nos arredores da cidade, e contou com a presença Al Gore. Também estavam no local os atores Leonardo di Caprio, ecologista comprometido, e Kevin Bacon, que abriu a festa em Nova Jersey. "O aquecimento global deixou de ser uma teoria para se transformar na realidade. Não podemos nos dar ao luxo de defraudar as futuras alterações", disse Di Caprio em sua aparição, no final do evento. Os shows em Nova Iorque, que atraíram milhares de pessoas, contaram com apresentações da banda inglesa The Police, junto com estrelas como Roger Waters, e dos americanos Smashing Pumpkins e Bon Jovi.

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