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Passadas pouco mais de 24 horas da invasão do shopping Westgate, em Nairóbi, forças especiais de segurança israelenses entraram no shopping para resgatar reféns e feridos.

Os invasores são ligados ao grupo somali Al Shabab, aliado da Al Qaeda, que assumiu o atentado em sua conta do Twitter, antes que ela fosse desativada. Lá, os terroristas eram chamados de "mujahedins" (guerrilheiros jihadistas). Segundo o grupo, o ataque é uma represália a ações militares quenianas na Somália.

De tempos em tempos, os terroristas ainda trocavam tiros com a polícia. Helicópteros sobrevoam a capital, procurando uma forma de acabar com a invasão.

O governo diz ter pleno acesso às câmeras de segurança do shopping. Mesmo assim, não há certeza do número exato de reféns. O ex-primeiro-ministro queniano Raila Odinga disse aos repórteres que os terroristas controlam o subterrâneo e o terceiro andar do prédio.

Várias pessoas se esconderam os terroristas dentro do shopping, sem terem sido feitas reféns, e conseguiram escapar sozinhas ou com a ajuda de soldados nas últimas horas. Uma mulher escapou na manhã de hoje após passar horas escondida sob um carro.

Na praça de alimentação do shopping, corpos foram retirados de mesas com refeições inacabadas. Os corpos de um casal estavam abraçados. Ainda neste domingo pela manhã, o sistema de som do shopping center continuava tocando música.

Vítimas

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse que um sobrinho seu está entre as vítimas. A namorada do sobrinho também morreu. Ao todo, quase um a cada quatro mortos já confirmados no ataque são estrangeiros. Entre as vítimas constam cidadãos franceses, chineses e espanhóis, além de um diplomata canadense e do poeta ganense Kofi Awonoor. Entre os feridos, há ao menos quatro norte-americanos. Não há relatos de que haja brasileiros entre os mortos.

"Os criminosos estão localizados em um só lugar no prédio agora. Com os profissionais na área, garanto aos quenianos que temos a melhor chance que poderíamos esperar de neutralizar os terroristas", disse Kenyatta, em pronunciamento.

Parentes dos reféns passaram a noite orando por eles num centro religioso comunitário próximo ao shopping. "Quero que ela saia viva de lá", disse Kevin Jamal, um voluntário da Cruz Vermelha queniana cuja irmã está entre os capturados pelos terroristas.

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