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O Paraguai é o principal produtor de maconha na região e, segundo a Senad, em todo o continente americano, apenas o México produz mais que o país de 6,5 milhões de habitantes. Nada menos que 80% da droga produzida no Paraguai tem o Brasil como destino, e o restante vai para os mercados de Argentina, Uruguai, Bolívia e Chile.

Os produtores de maconha se organizam em cooperativas que identificam seus próprios sacos do produto e contam com infraestrutura, luz elétrica e estradas, explicou à Agência Efe o diretor de Operações Especiais da Senad, Luis Rojas.

Cada comunidade conta com uma grande rede emissora de pessoas envolvidas, cerca de 60 operários por plantação que cobram entre 40 mil e 100 mil guaranis (R$ 19 e R$ 48, respectivamente) por dia, dependendo de seu nível de especialização, informou Rojas.

No processo, alguns se dedicam ao cuidado das plantações, que costumam ocupar entre dez e 15 hectares, gerando uma produção anual de cerca de 45 toneladas de droga; outros são "mais especializados" no peneiramento e prensagem da maconha, e outros vigiam as plantações.

Mais fraco

Rojas especificou que os cuidadores e trabalhadores não são o alvo de suas operações, pois os considera "o lado mais fraco" de um problema social mais complexo, em um país que tem um terço da população abaixo da linha de pobreza.

A compra e distribuição da droga paraguaia são feitas por grupos criminosos brasileiros, que são os que têm a maior parte do lucro do narcotráfico, segundo Rojas. "Mesmo que erradiquemos toda a maconha do Paraguai, enquanto houver demanda no Brasil, os produtores encontrarão alguma forma de fazer isso", concluiu De Vargas.

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