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A uma semana e meia do segundo turno das eleições no Chile, os dois candidatos da oposição e do governo intensificam suas campanhas no rádio e na televisão, além de caminhadas pelas principais cidades do país. O empresário Sebastián Piñeira (Alianza), que obteve 44,23% dos votos no primeiro turno, e o governista e ex-presidente Eduardo Frei Ruiz (Concertación), que conseguiu 30,5%, polarizaram os discursos na tentativa de mostrar suas diferenças.

Frei Ruiz, de esquerda, na campanha de televisão, atacou o lado empresarial e rico de Piñeira, da direita. Nos inserts de TV, a equipe do ex-presidente da República ironizou os sinais de riqueza presentes na campanha do adversário e brincou com a suposta precificação de produtos em dólares.

Como contrapartida, Piñeira reagiu ao afirmar que o estilo de Frei Ruiz está obsoleto e que ele deixou a desejar no período em que governou o Chile – de 1994 a 2000. O tom do discurso do candidato da direita é de que é necessário optar pela mudança.

Cerca de 9 milhões de eleitores chilenos deverão ir às urnas no dia 17. O primeiro turno das eleições, em 13 de dezembro, não motivou o eleitorado chileno. Na ocasião, dois candidatos foram tirados do páreo: o independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio e o de extrema esquerda , Jorge Arrate.

O esforço de Frei Ruiz e Piñeira é para conquistar o eleitorado de Enriquez-Ominami, que obteve 14% dos votos no primeiro turno. Oficialmente, o independente negou que apoiaria um dos candidatos, mas nos bastidores aceitou conversar com Frei Rui. Arrate, por sua vez, que obteve pouco mais de 5% dos votos, declarou apoio ao ex-presidente da República.

Apesar das declarações oficiais e não oficiais de apoio, os analistas políticos acreditam que Piñeira é o favorito para vencer as eleições. Se isso ocorrer, será a primeira fez, desde a redemocratização do Chile, que a direita vencerá as eleições no país vizinho.

A surpresa é que o resultado das eleições mostra que a presidente do Chile, Michelle Bachelet, não foi capaz de transferir votos para seu candidato, Frei Ruiz. De acordo com estudiosos chilenos, no país não há a tradição de transferência de votos porque a presidente não pode participar diretamente das campanhas, embora atue nos bastidores.

Atualmente Bachelet tem mais de 80% de apoio popular no Chile. Como no país não há reeleição, ela já afirmou que irá se candidatar à Presidência da República nas próximas eleições – em 2013.

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