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Alberto Fernández
O presidente da Argentina, Alberto Fernández| Foto: reprodução/X/Alberto Fernández Prensa

A Argentina, cuja população vai às urnas neste domingo (19) para escolher o próximo presidente do país, registrou um déficit comercial de US$ 454 milhões (R$ 2,23 bilhões) em outubro, o que contrasta com o saldo positivo de US$ 1,8 bilhão (R$ 8,84 bilhões) no mesmo mês em 2022, de acordo com informações oficiais divulgadas nesta sexta-feira (17).

Este é o nono déficit interanual verificado em 2023. Em outubro, as exportações da Argentina totalizaram US$ 5,3 bilhões (R$ 26,02 bilhões), uma queda de 32,4% em relação ao ano anterior, e as importações totalizaram US$ 5,8 bilhões (R$ 28,46 bilhões), representando uma retração de 3,9%. O volume de comércio (exportações mais importações) caiu 20,1% em relação ao ano anterior em outubro, para US$ 11,2 bilhões (R$ 54,97 bilhões).

O país sul-americano enfrenta neste momento uma situação de crise comercial e cambial, com déficits crescentes, queda nas exportações e restrições ao acesso a dólares – impostas pelo presidente peronista Alberto Fernández, cujo ministro da Economia, Sergio Massa, é seu candidato à presidência argentina.

Nos primeiros dez meses do ano, a Argentina acumulou um déficit comercial de US$ 7,3 bilhões (R$ 35,83 bilhões) em comparação com um saldo positivo de US$ 4,4 bilhões (R$ 21,58 bilhões) no mesmo período de 2022, com exportações entre janeiro e outubro totalizando US$ 56,58 bilhões (R$ 277,64 bilhões) (-24,8% em relação ao ano anterior), e importações, US$ 63,97 bilhões (R$ 313,87 bilhões) (-9,6% em relação ao ano anterior).

A Argentina havia registrado um superávit comercial de US$ 6,9 bilhões (R$ 33,87 bilhões) no ano passado, uma queda de 53% em comparação com o saldo positivo alcançado em 2021. Afetado pela escassez de reservas monetárias, o país sul-americano restringiu o acesso a dólares para o pagamento de importações desde julho de 2022, enquanto o governo de Fernández está buscando incentivar as exportações para tentar aumentar a entrada de moeda estrangeira, mas está obtendo o efeito oposto devido às expectativas de desvalorização.

A Argentina poderá encerrar o ano de 2023 com um déficit comercial de US$ 5,9 bilhões (R$ 28,96 bilhões), com exportações de US$ 84,66 bilhões (R$ 415,47 bilhões) e importações de US$ 90,62 bilhões (R$ 444,84 bilhões), de acordo com o projeto de orçamento para 2024 recentemente apresentado ao Parlamento do país. Para 2024, a projeção é de recuperar o superávit comercial, com um saldo positivo de US$ 9,3 bilhões (R$ 45,63 bilhões), como resultado de US$ 101,2 bilhões (R$ 496,89 bilhões) em exportações e US$ 91,8 bilhões (R$ 450,64 bilhões) em importações.

O cenário econômico desfavorável é um dos principais desafios para os candidatos que disputam a presidência da Argentina. O peronista Sergio Massa, da coalizão governista União pela Pátria, e o economista libertário Javier Milei, do A Liberdade Avança, vão disputar o segundo turno neste domingo (19) após um resultado apertado no primeiro turno, realizado em 22 de outubro.

As pesquisas de opinião apontam um empate técnico entre os dois candidatos, com uma leve vantagem para Milei. O resultado da eleição será decisivo para o futuro da Argentina, que busca sair da crise e retomar o crescimento. (Com Agência EFE)

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