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O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu nesta terça-feira a membros do Fatah que deem uma chance às negociações de paz com Israel. O líder do Fatah falou durante a primeira convenção do movimento em duas décadas, em um contexto de rivalidades internas e envelhecimento das lideranças do movimento. Abbas espera receber apoio formal, o que lhe daria força diante dos rivais do grupo militante islâmico Hamas e o conservador primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Muitos dos quase 2 mil delegados parecem prontos a apoiar Abbas, já que o programa político proposto é vago o suficiente para abarcar mesmo os linhas-duras.

A "luta armada" contra Israel, antes um dos pilares do Fatah, não foi formalmente descartada, mas a ênfase agora recai sobre as negociações e a desobediência civil. O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que o programa do Fatah importa menos do que as ações do grupo. "O teste será após a conferência quando uma liderança com legitimidade apropriada for escolhida" afirmou Barak. "Então veremos o que essa liderança trará à mesa de negociação".

As eleições das lideranças do Fatah ocorrem na quinta-feira. O posto de Abbas como líder do partido não está em jogo, mas centenas de membros disputavam 140 vagas em órgãos da liderança da sigla. Não se acredita, porém, que a votação possa produzir uma mudança drástica, vista como necessária para limpar a imagem de corrupção do Fatah e tornar o partido mais competitivo diante do Hamas. Apenas um quarto dos delegados é eleito pelos membros do partido em geral, enquanto o restante é apontado por Abbas e um pequeno comitê.

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