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Ramala, Gaza – O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mah-moud Abbas, disse ontem que o mundo deveria "suspender o embargo" imposto às instituições palestinas, ao apresentar no parlamento o governo de união nacional.

Em discurso pronunciado antes de o Conselho Legislativo Palestino se pronunciar sobre o novo Executivo, Abbas também manifestou sua esperança de que os países árabes ajudem a convencer a comunidade internacional a suspender o boicote imposto ao governo do Hamas.

Abbas afirmou que o novo Executivo trabalhará para "acabar com a ocupação israelense" e mostrou sua disposição em buscar um acordo de paz "justo e amplo" com Israel. Além disso, expressou sua rejeição a todas as formas de violência. Por sua vez, o primeiro-ministro Ismail Haniyeh disse que o propósito do novo governo é estabelecer "um Estado palestino independente com Jerusalém como capital". Haniyeh lamentou que o Parlamento não possa se reunir em Jerusalém, enquanto Abbas voltou a dizer que a cidade santa será "a jóia da coroa" de qualquer acordo de paz.

Jerusalém

O primeiro-ministro também anunciou a formação de um comitê para assuntos de Jerusalém, condenou a ocupação israelense e defendeu a legitimidade de combatê-la. Abbas, por sua vez, assegurou que continua disposto a iniciar negociações de paz incondicional e que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) seguirá guiando-se pelos acordos já pactuados. O presidente da Autoridade Palestina, ligado ao movimento nacionalista Fatah, e Haniyeh, do islâmico Hamas, ambos promotores do governo de unidade, entraram juntos no Parlamento na Cidade de Gaza e se sentaram na tribuna junto ao presidente interino, Ahmed Bahar. A sessão acontece simultaneamente nas sedes parlamentares de Gaza e Ramala, por meio de videoconferência, uma vez que Israel proíbe muitos deputados de se deslocarem entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

A assembléia começou com uma contagem dos deputados para determinar se estavam presentes os dois terços de legisladores necessários para que a votação seja vinculativa, já que muitos se encontram em prisões israelenses. O presidente interino declarou a sessão legal, dada a presença de 89 dos 132 deputados. Dos ausentes, 41 estão na prisão e quatro não compareceram por motivos pessoais.

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