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O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, voltou a pedir o fim do bloqueio econômico ao novo governo de unidade palestino após conversas com o líder francês Jacques Chirac neste sábado. Os mediadores do chamado Quarteto para a paz no Oriente Médio -composto pelos EUA, União Européia, ONU e Rússia- estão divididos sobre como tratar com o governo planejado entre o Fatah, de Abbas, e o partido líder no parlamento, o Hamas, classificado por Washington como um grupo terrorista.

Falando após reunião com Chirac, Abbas disse a repórteres que ``o que pedimos é que o novo governo que será formado não esteja sujeito ao mesmo embargo que o atual governo está''.

O Quarteto repetiu uma exigência na quarta-feira de que qualquer administração da Palestina renuncie à violência, reconheça Israel e aceite acordos de paz anteriormente alcançados.

Embora o governo de unidade ainda não tenha sido capaz de cumprir essas exigências, diplomatas ocidentais disseram que o acordo entre o Hamas e o Fatah ampliaram as divisões no interior do Quarteto.

Os EUA e Israel querem continuar evitando o governo de unidade; a Rússia e outros governos europeus são a favor de uma linha menos dura.

Após o encontro, Abbas acrescentou que não perdeu a esperança de chegar à paz com o Estado judeu.

``Não podemos dizer que algo está completamente sem esperança. Devemos continuar a tentar trabalhar em uma solução. Devemos continuar a falar com os israelenses. Somos parceiros dos israelenses, parceiros para a paz'', completou.

O boicote patrocinado pelos EUA ao governo considerado radical comandado pelo incipiente partido Hamas no poder palestino levou a Autoridade Palestina a um colapso financeiro e aumentou as taxas de pobreza na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Um relatório da ONU, liberado na quinta-feira, estimou que quase metade dos palestinos eram incapazes de produzir ou ter acesso a uma alimentação básica.

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