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A revolta entre os palestinos por causa da posição original do presidente Mahmoud Abbas em relação a um relatório sobre a guerra em Gaza, que crítica mais fortemente Israel, lhe custou a perda de apoio popular em sua disputa com o grupo islâmico Hamas, revelou uma pesquisa neste domingo.

A sondagem, feita pelo Centro de Comunicações e Mídia de Jerusalém, indicou que Abbas receberia 16,8 por cento dos votos e o líder do Hamas Ismail Haniyeh estaria praticamente empatado com ele, com 16 por cento, se uma eleição presidencial fosse realizada hoje nos territórios palestinos.

Em termos de popularidade na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, a de Abbas caiu para 12,1 por cento. Na pesquisa anterior do centro, em junho, ele tinha 17,8 por cento. A taxa de aprovação de Haniyeh permanece firme em 14,2 por cento.

Abbas, cujo partido, o Fatah, perdeu o controle da Faixa de Gaza para o Hamas em combates em 2007, diz que sua administração errou ao aprovar uma decisão da ONU, em Genebra, duas semanas atrás, que previa o adiamento de ações sobre um relatório referente à guerra em Gaza, ocorrida em dezembro de 2008 e janeiro deste ano.

Acredita-se amplamente que ele cedeu à pressão dos Estados Unidos, assumindo uma posição que surpreendeu e irritou muitos palestinos e, segundo o centro de pesquisas, levou ao declínio de sua popularidade. Abbas mudou de posição na semana passada.

Em uma sessão especial proposta pelos palestinos, o Conselho de Direitos Humanos da ONU endossou na sexta-feira o relatório elaborado pelo jurista sul-africano Richard Goldstone, que acusou tanto o Hamas como Israel de crimes de guerra, mas foi mais crítico em relação às ações israelenses.

O conselho aprovou uma resolução que destacou Israel em sua censura, sem referir-se a delitos do Hamas.

Abbas diz que manterá os planos de realizar eleições parlamentares e presidenciais em janeiro, a não ser que o Hamas concorde com um acordo proposto pelo Egito para adiar a votação para junho.

O Egito está tentando mediar um pacto de reconciliação entre o Hamas e o Fatah.

O centro de pesquisas diz ter entrevistado 1.200 pessoas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

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