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Abdullah Yamín, do Partido Progressista (PPM) e meio-irmão do ex-ditador maldivo Maumun Abdul Gayum, desponta como vencedor do segundo turno das eleições presidenciais das Maldivas após a apuração da maioria dos votos.

A comissão eleitoral informou que após apurar 374 dos 475 colégios eleitorais, Yamín obteve 52% dos votos contra 48% do ex-presidente Mohammed Nashid, deposto em fevereiro em uma revolta policial, segundo o portal "minivannews".

Embora Nashid partisse como favorito, o apoio do Partido da Justiça (D), que ficou em terceiro na primeira rodada, de apoiar o PPM na decisiva jornada de hoje pode ter sido fundamental na presumível vitória de Yamín.

A apuração provisória será divulgada por volta da meia-noite local, enquanto amanhã serão anunciados os resultados oficiais e o novo presidente jurará o cargo.

Estas eleições presidenciais, as segundas democráticas na história do país, foram marcadas por atrasos e problemas.

Em 7 de setembro, Nashid obteve mais de 45 % dos votos no primeiro turno, mas o pleito foi cancelado pela Corte Suprema por conta de irregularidades como sufrágios múltiplos e de pessoas falecidas.

Em 19 de outubro, o pleito devia ter sido repetido, mas a polícia impediu a votação com o argumento de que não estavam sendo cumpridas as condições fixadas pelo Supremo para realizar o processo com "normalidade".

Finalmente, no sábado foi repetido o primeiro turno, mas a segunda prevista para o dia seguinte foi adiada pela Corte Suprema, que sustentou que não havia tempo suficiente para preparar a jornada eleitoral.

As Maldivas estão desde fevereiro de 2012 imersas na instabilidade: após uma ditadura de 30 anos, Nashid, o primeiro presidente eleito democraticamente em 2008, se viu forçado a renunciar segundo ele a "ponta de pistola", pressionado por simpatizantes do anterior ditador.

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