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Os colégios eleitorais para a eleição geral no Japão abriu neste domingo (data local) as portas às 07h (local, 20h em Brasília), tendo o partido do primeiro- ministro, Shinzo Abe, como claro favorito.

Mais de 104 milhões de japoneses devem votar nestas eleições, convocadas no início do mês de forma antecipada pelo primeiro-ministro, que justificou a decisão pelo atraso de uma alta do IVA.

As 475 cadeiras da câmara são disputadas por 1.191 candidatos de 15 partidos, controlada nos últimos dois anos pelo Partido Liberal-Democrata (PLD) de Abe e seu parceiro no governo, o budista Novo Komeito.

Conservadores são favoritos

O partido conservador do primeiro-ministro pode ampliar sua atual maioria e fortalecer seu poder na câmara depois de Abe conseguir pautar esta eleição como se fosse um referendo à sua política econômica, conhecida como "Abenomics".

O plano de agressivos estímulos monetários e de gigantesco gasto público do político nacionalista e conservador pretende tirar o Japão da deflação e reativar a terceira economia mundial.

Foi exatamente a economia que protagonizou quase exclusivamente a campanha de 12 dias que deixaram de fora assuntos como a reativação das usinas nucleares e a polêmica reforma da Constituição pacifista do Japão apresentados pelo governo.

O partido de Abe deve obter em torno de 300 assentos (atualmente tem 295) e o Novo Komeito também teria um resultado semelhante ao de dois anos (31 cadeiras), o que permitirá à atual coalizão governante voltar a dominar dois terços do legislativo.

Os 48.620 colégios das 47 províncias do Japão estarão abertos até às 20h (local, 9h de domingo em Brasília) para que os eleitores depositem duas cédulas: uma com um nome próprio para os 295 deputados que são eleitos por sistema de único assento, e outra para o partido, que designa 180 representantes de modo proporcional.

Nas eleições gerais de 2012 a participação foi de 59%, a mais baixa desde que em 1996 entrou em vigor o atual sistema eleitoral, e analistas acreditam que hoje a abstenção será maior.

Neste sentido, as fortes nevadas e a onda de frio que afeta este fim de semana algumas regiões do centro e do norte do país não ajudará a mobilizar os eleitores.

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