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Paris – Após nove dias de greve, os ferroviários franceses decidiram ontem voltar ao trabalho. De acordo com a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), maior sindicato do país, a suspensão é para dar chance à negociação com o governo. "É só a forma de ação que está mudando a determinação dos ferroviários continua a mesma", disse o sindicalista Daniel Tourlan.

A greve tornou-se o maior desafio do presidente da França, Nicolas Sarkozy, desde que ele assumiu o cargo, em maio. Sarkozy que venceu as eleições com a promessa de reformas, enfrenta uma forte oposição de sindicatos e funcionários públicos, que querem impedir que o sistema de aposentadorias especiais seja modificado.

O momento mais crítico das manifestações foi na terça-feira, quando o movimento ganhou a adesão de trabalhadores dos correios de empresas distribuidoras de jornais e revistas, professores e estudantes. Com 700 mil pessoas protestando nas ruas e sem transporte coletivo, Paris parou.

A principal reivindicação dos ferroviários é a manutenção das aposentadorias especiais, que garantem a 500 mil funcionários 25 anos a menos de trabalho que o restante da população. Sarkozy havia prometido que não cederia, mas a volta ao trabalho de hoje indica que houve algumas concessões.

Em Paris, o dia começou com a população superlotando novamente os poucos vagões e as estações de metrô. No entanto, à tarde, 70% dos ônibus e 75% do metrô já estavam funcionando. De acordo com o governo, os nove dias de greve custaram à economia cerca de US$ 600 milhões por dia.

Estudantes

Contudo, se os ferroviários optaram pelo fim da greve, os estudantes decidiram continuar nas ruas. Os jovens protestaram ontem contra a reforma universitária proposta por Sarkozy. De acordo com as lideranças estudantis, 48 das 85 universidades francesas foram bloqueadas e várias escolas públicas de Paris não abriram as portas.

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