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Representantes do Irã e das principais potências mundiais reunidos em Viena, na Áustria | HERBERT NEUBAUER/EFE
Representantes do Irã e das principais potências mundiais reunidos em Viena, na Áustria| Foto: HERBERT NEUBAUER/EFE

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, anunciou nesta terça-feira (14) que as negociações foram concluídas e que foi alcançado um acordo nuclear para assegurar que o Irã não fabrique armas nucleares.

Após acordo, Irã terá reduzir em dois terços centrífugas de urânio

O histórico acordo nuclear assinado nesta terça-feira (14) entre o Irã e as potências ocidentais autoriza Teerã a prosseguir com o programa nuclear civil, mas diante da redução de sua capacidade nuclear e de inspeções regulares por parte da Agência Internacionais e Energia Atômica.

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“É uma grande honra para nós anunciar que chegamos a um acordo sobre a questão do programa nuclear iraniano”, disse Mogherini durante entrevista coletiva. “Este é um dia histórico... porque criamos as condições para construir confiança e abrir um novo capítulo em nosso relacionamento”, acrescentou.

Mogherini confirmou assim o entendimento, após quase dois anos de negociações, que limitará o programa atômico iraniano e impedirá que o país possa produzir armas, ao mesmo tempo que serão levantadas as sanções que estrangulam a economia desse país.

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, assegurou, por sua vez, que o acordo é “histórico”, além de destacar que “limita as capacidades nucleares do Irã” e que “permite que a República Islâmica se reintegre na comunidade internacional”.

15 anos

Fabius explicou perante a imprensa que, segundo as condições do acordo, durante dez anos o Irã necessitará de, pelo menos, 12 meses para acumular o material necessário para uma arma nuclear.

Nos cinco anos seguintes, esse período seguirá sendo “importante”, disse Fabius.

E após esses 15 anos, assegurou o ministro francês, o Irã será aplicado no chamado “protocolo adicional” do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que permite inspeções da ONU sem limites e avisos prévios nesse país.

Por outro lado, Fabius explicou que as sanções contra o Irã serão levantadas “passo a passo” e que as partes do acordo seguirão estando sempre “atentas” para que o dinheiro que Teerã obter não acabe financiando atividades terroristas.

Contudo, o francês destacou que a reintegração do Irã na comunidade internacional permitirá às empresas de seu país fazer negócios.

Quanto à resolução do Conselho de Segurança da ONU que deve respaldar este acordo, Fabius antecipou que será aprovada nos “próximos dias” em Nova York.

Armas convencionais

Sobre o levantamento do embargo de armas convencionais, o chefe da diplomacia francesa disse que o acordo contempla prolongar essa medida durante cinco anos mais.

Finalmente, sobre as inspeções da agência nuclear da ONU perante as possíveis dimensões militares do programa atômico iraniano, Fabius assegurou que o pacto prevê “um processo crível” que permitirá aos inspetores fazer seu trabalho no Irã.

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