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Diplomatas ocidentais próximos à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), braço das Nações Unidas, disseram que o acordo de troca de combustível nuclear assinado hoje pelos ministros de relações exteriores do Irã, Turquia e Brasil não elimina a perspectiva de aplicação de novas sanções contra o Irã.

"A questão não é o TRR (Teerã Research Reactor, o reator de pesquisas médicas que receberá o combustível enriquecido na Turquia, conforme o acordo de hoje). Eles estão sob as sanções por se recusar a suspender o enriquecimento de urânio, é preciso não esquecer", disse um diplomata ocidental.

Baroness Ashton, porta-voz da diretora do escritório de Relações Exteriores da União Europeia (UE), afirmou que o acordo "não responde a todas as preocupações" trazidas pelo programa nuclear do Irã. "É um movimento na direção correta, mas não responde a todas as preocupações levantadas sobre o programa nuclear do Irã".

O Irã já sofreu três rodadas de sanções das Nações Unidas por se recusar a suspender o enriquecimento de urânio, que o Ocidente teme que se converta em um programa de desenvolvimento de armas nucleares. Teerã insiste prosseguir com o enriquecimento, mesmo após a assinatura do acordo de troca de combustível.

A AIEA tenta atrair o Irã desde outubro para assinar um acordo com os Estados Unidos, a França e a Rússia, a fim de que o país envie seu urânio pouco enriquecido para o exterior e receba em troca combustível para o reator de pesquisa. Mas o Irã tem evitado o acordo, insistindo querer manter o urânio em seu próprio território para troca simultânea de combustível ao reator.

Pelo novo acordo assinado entre os ministros do Irã, Turquia e Brasil, o Irã irá depositar na Turquia 1,2 mil quilogramas de urânio em um mês e em troca receberá material nuclear (enriquecido a 20%) para seu reator de pesquisas médicas. As informações são da Dow Jones.

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