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Nova Iorque – O acordo para aprovar uma nova lei de imigração, negociado na quinta-feira por lideranças democratas e republicanas, não se manteve ontem em votação no Senado dos EUA. A lei não foi aprovada, mas os proponentes prometem não desistir da norma que deve endurecer o controle contra imigrantes ilegais e conceder cidadania a cerca de 7 milhões de estrangeiros, a quantidade estimada de imigrantes ilegais que vivem no país há mais de cinco anos. A lei também criaria um programa de visto de trabalho temporário, proposto pelo presidente George W. Bush.

A concessão de cidadania é um dos principais pontos de resistência entre os republicanos mais conservadores, que vêem na "anistia’’ aos ilegais o risco de sobrecarga nos serviços de seguridade social dos EUA, mesmo que, pela proposta, os novos cidadãos americanos tivessem de pagar impostos retroativos.

As lideranças no Congresso previam ontem a aprovação da proposta por mais de 70 dos 100 votos do Senado. Os votos pararam em 48 – quando seriam necessários 60 –, por causa de discordâncias quanto a emendas ao texto. A Casa Branca acusou o líder da minoria no Senado, Harry Reid, de bloquear as negociações. "A luta não acabou", disse John McCain, senador republicano que articulou o acordo. A proposta do líder republicano no Senado, Bill Frist, que tratava do reforço nas medidas de segurança na fronteira com o México, também não obteve ontem os votos necessários para ser aprovada.

Pelo menos 1.500 estudantes saíram às ruas de Homestead (sul de Miami) ontem para pedir "anistia" aos 12 milhões de imigrantes ilegais nos EUA e rejeitar a reforma que tornará a imigração ilegal um crime, dias antes de uma jornada nacional de protestos. Os jovens deixaram suas escolas, assim como fizeram dias atrás estudantes de Los Angeles, e voltaram às aulas horas mais tarde.

Mais de 50 organizações sociais convocaram protestos para o próximo fim de semana em sete cidades da Flórida. Na segunda-feira, um protesto nacional pretende mobilizar 60 cidades dos EUA.

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