Bagdá Em um dia de reuniões históricas, a comunidade internacional que se reuniu ontem em Sharm el Sheikh (Egito) aprovou o Contrato Internacional de Objetivos para o Iraque (ICI), um plano qüinqüenal de estabilização que prevê o fornecimento de US$ 30 bilhões, entre ajuda financeira e perdão de dívidas, ao país árabe. Também ontem, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, se reuniu com um alto representante da Síria, no primeiro encontro de alto escalão entre os dois países em dois anos.
O ICI foi aprovado por unanimidade na conferência que reúne até hoje representantes dos EUA, do Iraque, da Rússia, da China, do Irã e de países europeus e árabes. Elaborada em de julho de 2006 em uma iniciativa conjunta de Bagdá e da ONU (Organização das Nações Unidas), com o apoio do Banco Mundial, a iniciativa pretende melhorar a segurança e a economia do Iraque, abalado pela violência desde o início do conflito, em 2003.
Os países prometeram fazer "esforços financeiros específicos estimados em mais de US$ 30 bilhões", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma entrevista coletiva. "Isso inclui os compromissos de redução de dívida conforme as regras do Clube de Paris por parte da Bulgária, China, Arábia Saudita e Grécia. Há ainda novos compromissos financeiros do Reino Unido, Austrália, Espanha, China, Dinamarca e Coréia do Sul, assim como de outros importantes participantes", completou.
Os 19 países que fazem parte do Clube de Paris, órgão informal que atua discretamente e exige compromissos com o FMI (Fundo Monetário Internacional), já concordaram em novembro de 2004 aliviar a dívida do Iraque em até 80% em três fases. A idéia é diminuir o montante de US$ 38,9 bilhões para US$ 7,8 bilhões até 2008.
O premier iraquiano, Nouri al Maliki, abriu a cúpula pedindo o perdão da dívida. "Pedimos aos países participantes da conferência que perdoem as dívidas do Iraque, para permitir o desenvolvimento e a reconstrução do país", disse Al Maliki.
Além do acordo, a conferência permitiu ainda um encontro histórico entre Condoleezza Rice e o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid al Moualem.
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