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Frankfurt – Uma mulher acusada de matar nove filhos recém-nascidos começou a ser julgada ontem na Alemanha, num caso que chocou o país e alimentou pedidos por mais proteção às crianças. A polícia alemã deteve Sabine Hilschinz em julho do ano passado, quando noves cadáveres de bebês foram descobertos em vasos de planta e num tanque de peixes no quintal da casa de seus pais em uma cidade do leste da Alemanha, perto da fronteira com a Polônia.

Hilschinz, de 40 anos, compareceu diante de uma corte estadual para responder a oito acusações de homicídio pela morte dos bebês. Se condenada, ela poderia ser sentenciada à pena máxima de 15 anos de reclusão.

O advogado de defesa Matthias Schoeneburg disse à corte que sua cliente não pretendia fazer nenhum pronunciamento. Por sua vez, o presidente do júri, Matthias Fuchs, leu uma transcrição do depoimento de Hilschinz na audiência que se seguiu à sua detenção.

Em agosto do ano passado, Hilschinz disse a um juiz que se lembrava apenas de dois nascimentos, pois nos outros ela estava bêbada demais quando entrou em trabalho de parto.

"Nós já tínhamos três filhos e meu marido não queria mais nenhum", disse ela, segundo a transcrição. Hilschinz disse ainda que afogou sua dor pelos bebês mortos na bebida e não foi esterilizada porque tinha medo que algum ginecologista percebesse os sinais dos partos. No depoimento de agosto do ano passado, ela disse que não matou os bebês, mas admitiu que os deixou morrer.

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