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Um tribunal de Londres condenou nesta quarta-feira (11) à prisão perpétua os quatro homens considerados culpados pelos atentados fracassados de 21 de julho de 2005 contra a rede de transporte da capital britânica.

O juiz do tribunal de Woolwich, Adrian Fulford, ditou a sentença contra Muktar Said Ibrahim, Yassin Omar, Ramzi Mohammed e Hussain Osman pelos ataques, ocorridos duas semanas depois dos atentados de 7 de julho de 2005, também contra o transporte público de Londres.

Os atentados de 7 de julho mataram 56 pessoas - entre elas os quatro terroristas suicidas - e deixaram 700 feridos.

A condenação pode ser atenuada se assim decidir o governo, o promotor ou um juiz. No entanto, Fulford determinou que a pena não poderá ser reduzida para menos de 40 anos de prisão.

Ibrahim, considerado líder da célula terrorista, tentou detonar uma bomba em um ônibus urbano, enquanto Omar, seguidor confesso dos talibãs, estava com explosivos na estação de metrô de Warren Street, no centro da cidade.

No apartamento de Omar foram encontradas garrafas vazias de peróxido de hidrogênio líquido, usado para fabricar explosivos.

Mohammed foi declarado culpado por tentar explodir uma bomba em um trem da linha de metrô Northern Line perto da estação Oval, no sul de Londres.

Já Osman foi declarado responsável de ser o mentor do ataque fracassado contra um trem do metrô na estação de Shepherd's Bush, no oeste de Londres.

Osman, de 27 anos e origem etíope, foi extraditado em 22 de setembro de 2005 da Itália, para onde tinha fugido após os atentados. Falha devido ao calor

Segundo a procuradoria de Londres, o plano dos terroristas não foi "uma cópia apressada" dos ataques de 7 de julho e fracassou no último momento por causa de falhas nos explosivos, devido ao calor ou ao acaso.

Os acusados afirmaram que as bombas eram falsas e só pretendiam expressar sua oposição à guerra do Iraque.

Os outros dois acusados em relação aos atentados fracassados de 21 de julho serão submetidos outra vez a julgamento, depois que um tribunal não conseguiu chegar a uma decisão sobre seus casos na terça-feira (10).

O júri do tribunal de Woolwich, formado por nove mulheres e três homens, não conseguiu determinar na terça-feira se Manfo Kwaju Asiedu e Adel Yahya estiveram envolvidos no ataque.

Em uma audiência nesta quarta-feira no tribunal de Woolwich, Fulford informou a Asiedu e Yahya que serão submetidos a julgamento, mas não determinou a data do início do novo processo.

Segundo a procuradoria, Asiedu foi o quinto terrorista, que no último momento se arrependeu e abandonou sua bomba no parque Little Wormwood Scrubs, oeste de Londres, enquanto Yahya era considerado parte do "círculo" dos quatro acusados.

Asiedu chegou ao Reino Unido em 2003 vindo de Gana, enquanto Yahya é de origem etíope e vivia em Tottenham, norte de Londres.

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