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A execução por fuzilamento do brasileiroMarco Archer Cardoso Moreira, 53, que estava preso naIndonésiapor tráfico de drogas havia 11 anos, gerou revolta entre amigos e conhecidos do instrutor de voo livre. Na tarde desde sábado (17) praticantes do esporte que se encontravam no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, lamentaram a morte do ex-companheiro.

Para Fernando Legal, 32, professor de história, praticante do esporte há mais de cinco anos, a execução demonstra a falta de consciência humanística do governo da Indonésia. "Em pleno ano de 2015 uma pessoa ser executada por fuzilamento é algo retrógrado e antiquado. Sou contra a pena de morte, mas, mesmo que o governo decidisse que ele deveria morrer creio que poderiam ter encontrado um meio menos agressivo", disse o professor.

O carioca Marco Archer, que morreu aos 53 anos, era instrutor de voo livre, saltando da Pedra Bonita e pousando no trecho final da Praia de São Conrado que se tornou reduto dos adeptos da asa delta. Neste sábado (17), a execução dele se tornou tema de conversas no local.

Para Clara Martins, 23, estudante de relações internacionais, teria ocorrido uma falha na condução no processo do pedido de clemência organizado pelo governo brasileiro. "Achei que o Itamaraty deveria ter se posicionado com mais ênfase juntamente ao governo indonésio e até mesmo pedido um auxílio de outros países. Ele cometeu um crime e deveria pagar pelo fato, mas não podemos deixar que um brasileiro seja cruelmente executado. Ainda mais da forma que foi."

Apesar da repulsa à pena de morte imposta a Marco Archer, não houve um ato de homenagem à sua memória. "Não conseguimos nem pensar em homenagem diante de uma situação como esta", afirmou um instrutor que foi contemporâneo de Archer na atividade.

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